sábado, 19 de junho de 2010

graça-engraçado-des(sem graça)

A mente, impacientemente e demente, mente descaradamente.E muitos condicionadamente, riem pacientemente sem pensar que nada é eternamente.Desgraçadamente.
Talvez outra geração e não se vê nem uma luz que seja próxima, parece muito distante - que venha a reacender a luz da esperança nas mudanças de uma sociedade mais harmoniosa e solidária e o pior é que sonhei este sonho, se bem que lá atrás, e já se passaram alguns metros de desesperança que alguma coisa nos apraz. De fato estou ficando velho, já não é só o espelho que me acusa! Onde andará Maria Rita como diz uma canção do Vandré e eu pergunto onde andará Vandré que já não fez mais esta canção. E mais velho sei que sou quando bate uma saudade daqueles festivais onde as canções nos remetiam para algum futuro que nunca chegou. E lembrar-se de um show onde os estudantes pediam para a Mercedes Sosa cantar "que viva los Estudiantes" e não entendíamos, porque ela não atende e canta. No outro dia os jornais estampavam manchetes sobre o show e diziam que fora proibida pela censura de cantar esta melodia, e os caras eram tão burros de não ter proibido a apresentação da cantora porque havia tantas outras melodias mais instigantes como: La carta- letra de violeta parra. -Que letra e que melodia! Até hoje quando ouço fico em êxtase. E o cantor Victor Jara; assassinado no Chile tendo as mãos decepadas. Qual foi o seu pecado? Vejam hoje suas melodias. Vocês conhecem? Não? Então vou colocar alguns versinhos de suas canções, uma delas entre outras eu cantava para meu filho dormir e quem ler o meu livro vai lembrar-se deste detalhe, a outra foi que me incentivou a colocar o nome na filha.


La Carta, cantada por Mercedes Sosa.


estas outras duas melodias é de Victor Rara.cantor chileno assassinado pela ditadura pinochet, sabe por que? PENSAVA!

Década de 1960 e 1970 vai demorar mais de um século para aparecer coisas semelhantes!Jovens nas ruas, a cultura nos poros e nas mentes, a arte em todos os cantos, e nas mais variadas formas.
Pensou, pensei, pensamos... Quem pensou? Neste livro busquei nas palavras um acalanto para entender e refletir sobre educação: meios de comunicação, Leituras, cultura, escola, família. Etc. Alguns questionamentos necessários para o despertar de um ser.
Uma das poucas armas da libertação que temos é a leitura.
Se o povo não lê e nem gosta de ler... Ficarão difícil as transformações necessárias para a maioria da população que ficará sempre a mercê dos interesses da classe que detêm o poder.
Como vivenciar a partilha numa sociedade que condiciona para o consumo?

Nós somos um povo condicionado pelos burgueses que nos controlam de acordo com seus interesses e valores. A leitura não é do interesse. Então... E agora se ninguém ler? Escrevo para eu me ler.
A gente se acostuma a se perder de si mesma. Somos pessoas diferentes e cada uma tem a sua verdade.
Ao invés de ficar, o tempo todo, especulando o jeito de ser e de fazer das outras pessoas, ocupe-se em fazer a sua parte.
O que não faltam é irracionalidades... Reflexão sobe o poder das palavras, particularmente as escritas. E, é pelas palavras que nos sentimos partes, creia ou não.
Palavras apenas, amenas, palavras

Trenzinho Caipira - Heitor Villa Lobos

terça-feira, 1 de junho de 2010

do livro educar

As escolas alimentam o sonho implausível do sucesso individual. A falta de perspectivas e a mentira da qualificação profissional como saída só alimentam alternativas marginais:
A violência.
Não se vê um movimento coletivo que se contraponha ao mercado e à barbárie. Vive-se sob o signo do sucesso individual, a qualquer preço e a qualquer custo (impossível para a maioria).
É o mundo cujos sonhos e comportamentos egoístas, individualistas, consumistas, onde a propriedade, o ter, ter, ter, são diariamente pasteurizado.
Alguns (alunos) acreditam que, freqüentando uma boa escola, estarão garantindo emprego. Ora, a escola não é agência de emprego, não é a política geradora de empregos, embora também seja importante para um bom desempenho das funções que o cidadão ocupa ou ocupará desde que haja empregos.
Parece que, no que diz respeito à educação, a inversão tem regido, e muito, os cursos.
Vamos retomar um ponto importante acerca da saúde do professor.
Sabe-se que o profissional está cada vez mais afetado pelo esgotamento mental. Quanto a isso não há dúvidas. A cautela que se deve ter agora é quanto ao aluno.
O desinteresse em aprender não pode ser visto como conseqüência do estado do professor.
Ou seja, o professor doente não pode ser a razão da falta de motivação do aluno. Estes dois fenômenos, tão claros no universo escolar, são conseqüências, e não um a causa do outro.
Enxergar o comprometimento da saúde do professor como causa é assumir um discurso ideológico criado a partir de uma inversão em sua estrutura.
A sala de aula se tornou um espaço tal qual a sala de visita da casa do aluno, já que ele não enxerga mais uma nítida diferença entre o que é possível fazer no espaço escolar ou em casa. Deitar-se sobre a carteira, tirar os sapatos revelam uma “indisciplina do corpo”; em outras palavras, a doença do aluno é a indisciplina que ele não adquiriu na escola.
A criança não gosta da escola, é um castigo estar lá mais tempo. Ninguém procura entender de que tipo de escola a criança gostaria. Seria preciso despertar na criança o gosto pelo aprender.