sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

é natal. é natal?

Natal é isso AFETO.
O natal antes de ser a festa do consumo (papai-noel, bebericagens, cachaças, etc.), portanto, antes de ser uma festa pagã era uma festa cristã da família. Não havia tanto oba, oba. Cristo renascia nas reflexões das pessoas com uma vida nova. Hoje na noite de Natal o índice de homicídios, violências no transito e ressacas é assustador. É isso Feliz Natal?Desejo a todos e vou procurar fazer o possível para ter um natal Feliz. Até por que realidade tem que ter um pouco de fantasia. Aprendi que a vida é equilíbrio

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

domingo, 21 de dezembro de 2008

o livro

A Ninfa – está se formando de corpo de menina num corpo de mulher. Mas é tão encantadora que faz os mundos girar. Gira que gira em sua volta.Ela se vê tão bela (vê a mariposa queimar suas asas na chama da vela) antes do primeiro baile, quando quer ser pura, e ao mesmo tempo tentar todos os homens, é a morte de uma mariposa na chama que ela invoca – a menina é uma chama pura. Ela quer ser uma tentação, mas ela mesma se ve tentada.Mesmo não querendo provocar. Os transeuntes masculinos se embebedam nos olhares que quando ela passa faz as glândulas salivar de pensamentos... Que coisa mais linda mais cheia de graça é ela menina. É tão bela! Sua própria beleza é um fogo que a tenta.este texto faz parte do livro que pretendo lançar em 2009

sábado, 20 de dezembro de 2008

a rainha e a abelha

Nenhum conto de fadas por si só faz justiça à riqueza de todas as imagens que dão corpo aos processos interiores mais complexos, mas uma história pouco conhecida dos Irmãos Grimm, intitulada “ a Rainha Abelha”, pode ilustrar a luta simbólica da integração da personalidade contra a desintegração caótica. A abelha é uma imagem particularmente adequada para os dois aspectos opostos de nossa natureza, pois a criança sabe que a abelha produz o doce mel, mas também pode picar dolorosamente. Sabe também que a abelha trabalha duro para realizar suas propensões positivas, colhendo o pólen com o qual produz o mel.
Em “ A Rainha Abelha”, os dois filhos mais velhos de um rei partem em busca de aventura e levam uma vida tão desregrada e dissoluta que nunca mais retornam ao lar. Em resumo, levam uma existência dominada pelo id, sem qualquer consideração pelas exigências da realidade ou pelas demandas justificadas e as críticas do superego. O terceiro e mais jovem dos filhos, chamado Simplório, parte em busca e, graças à persistência, é bem sucedido. Mas eles zombam do fato de ele achar que, na sua simplicidade, poderá se sair na vida melhor do que eles, que são supostamente muito mais espertos. Superficialmente, os dois irmãos estão certos: à medida que a história se desenrola, Simplório se revela tão incapaz quanto eles de exercer controle sobre a vida, representada pelas tarefas difíceis que eles todos são solicitados a executar - exceto pelo fato de que se revela capaz de apelar em auxilio próprio para seus recursos interiores, representados pelos animais adjuvantes.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008


não é bela uma aranha? e quando esta na sua teia?olha fica mais bonita doque na folha


sonhos. nossos sonhos

Estamos sempre lembrando das coisas não agradáveis ou simplesmente detestáveis que nos aconteceram, e que tivemos que passar, talvez o sentido da lembrança é para ficar claro para o nosso consciente, que a lição foi passada e não devemos repetir os mesmos erros, ou até mesmo para lembrarmos que a ferida passou mas a cicatriz ficou e deixar claro que aprendemos a lição e assim servir de sinal para os outros que nos cercam, os filhos por exemplo, e assim eles podem desviar ou ao menos se valorizar mais na caminhada do crescimento necessário na lei da sobrevivência. irineu

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

o perfeito

um vento suave, quase um leve suspiro...que passa de raspão causando arrepios... São as palavras que vão, e que vem, fazendo um furacão de pensamentos, de momentos singulares e tormentos plurais, fincados nas perguntas que nem fazemos. Não nos atrevemos e temos. As respostas se buscam, mas, (e sempre o mas) nunca as temos por completo...elas são sempre fugidias, escorregam pelas mãos e acumulamos perguntas...até o esgotamento total dos pontos de interrogação...se me dou por completo, me querem em partes; se me parto, me querem no todo...melhor não se dá? ou melhor se completar para se dar?.... acredito que quando se completar se tornará desinteressante; perde-se a graça de estar buscando. O buscar é infinito(?) E talvez explicar a imperfeição. porque quando se completa, o outro(a) vai embora de algum lugar. Tálvez por ter perdido a graça no encanto do incompleto...de cada ser. E o não entender é enlouquecer! Acredito que é dar por parte a alguém que acredite que o todo é a melhor parte de parte nenhuma!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

faltam ouvidos

A fala
A necessidade de se manifestar. O que pode justificar a profissão professor.
A fala poderá materializar-se; do desejo no real.
Quando essa fala é calada. E pode ser por várias circunstâncias: repressão de superiores, através de Direção castradora. Ou pior ainda por alunos que não aceitam e não querem OUVIR. Cria-se uma ansiedade, que intensifica na medida em que o tempo passa até transformar-se numa Depressão.
A necessidade da fala. A necessidade de se fazer ouvir.
“Uma lufada de vento distante soprou e passou através do topo das árvores uma onda, fazendo das folhas movimento, dos frutos desprendimento e das flores adeus, embaralhando pensamentos meus.
O sol já tinha deixado o vale para escalar as encostas das montanhas. Fazendo sombras calmas, refrescando corpo e alma naquele amarelado entre as árvores, o pensamento ganha com o aprendizado só encantamento.
Sempre quis e fiz do sério uma ironia; transgredindo no lúdico a repressão, o autoritarismo quando não podia vomitar com um não. Quando me queriam lúgubre, inconscientemente me tornava luminário para os condicionados a ser sem pensamentos. A revolta.
Quando a maioria rezava o hino da ditadura militar eu cantava a internacional carregava Brecht. Quando as mentes perfiladas obedeciam aos senhores eu virava as costas, Se falavam Pátria mãe eu entendia madrasta.
A lua escondida, não apontavam as mortes dos meus iguais. Os gritos, os desaparecidos a maioria não sabiam que haviam muitos porões e canalhas arrancando unhas, afogando, calando os que se aventuraram, a saber, pensar. E eu? Estava na contramão do tudo isso. do nada disso, cantando é proibido proibir, gente vamos embora esperar não é saber, porque beber esta bebida amarga. As leituras que acrescentavam indignação permitiam a lucidez como; “cartas da prisão e nas entrelinhas dos jornais censurados e a dor de vozes comungadas. Caladas pra sempre. E se descobrem que penso?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Certo dia um pardal passou voando por mim; e...pensei ter visto uma águia. Agora todo mundo está ocupado em provar o quanto estou errado –bem, quem está melhor? Eu, o “iludido”, como dizem, que por conta do canto desse pássaro morou durante todo um verão num mundo superior de esperança, ou aqueles, para quem não existe logro?Do livro os desafios da terapia- irvin d.yalon

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

a voz dos animais serve unicamente para expressar a vontades em suas excitações e movimentos, mas a voz humana, também serve para expressar o conhecimento- schopenhauer

estou observando

O que me mata é o fingir estar sempre bem, é o andar olhando para cima. Eu quero saber onde estou pisando, onde eu possa cair e onde eu possa subir. Às vezes eu penso que as pessoas são escadas sem degraus. Eu me sinto perdido nesse mundo de mentiras. Eu sinto que isso nunca vai mudar estruturalmente, apenas esteticamente. Eu vejo, ouço e sinto as pessoas com a seriedade da pureza, o que me mata. O mundo é uma loja de corrupção, poder e vaidade e eu sou um observador da vitrine. irineu

educação / família

Ao nascer a criança, a primeira coisa que os pais devem perguntar-se é:
“Como vamos educar o nosso filho?”
Para isso deve entrar num acordo perfeito, para não terem divergência entre eles naquilo que vão exigir do filho. Nunca um cônjuge deve desfazer ou criticar o outro perante os filhos, mas, se for preciso, deve fazê-lo sempre em particular. Os pais devem manter-se em plena harmonia.
(“! ) segredo da autoridade moral dos pais em relação aos filhos é a estabilidade na serenidade
Durante a revolução francesa, foi estabelecida na França a pena de morte (guilhotina) para os crimes mais graves; certo dia um criminoso estava para ser executado, quando pediu ao juiz uns minutos de tempo para falar a platéia, antes de sua execução. Perante uma multidão curiosa e estatelada fez sua última peroração: Perdôo o juiz que me deu a sentença merecida. Perdôo os soldados que me prenderam. Perdôo o carrasco que irá me executar... Mas aqui no de vós há alguém que eu não posso perdoar; esse alguém são meus pais, que não me amaram e não me educaram...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

o encontro

Esta é uma redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco - Recife), e que obteve vitória em um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa. O ENCONTRO "Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram Alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial e, rapidamente, chegaram a um imperativo. Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se aproximar, ela tremendo de Vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula. Ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. Estavam na posição de primeiras e segundas pessoas do singular. Ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso, a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história. Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente!. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O Substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."

Ah! menina


Ah! Menina que te mostro caminhos
Te rasgo em palavras de novelos e me
confundo nas metaforas,
desenrosco, desato e depois te dou um nó
em minhas artérias,
e penetro tuas entranhas, e
aos teus desejos, teus enganos,
ofereço meus carinhos,
o meu dengo o meu colo
Ah! Menina que te espero timido.
Te espio de longe,
calado silencioso,
encolhido atrás de algum lugar,
te espio pela fresta de alguma porta.
Fico estático esperando
que você me ache e
quem sabe um dia me abrace
e estanque esta doença do querer fantasiar
IRINEU XAVIER COTRIM

terça-feira, 2 de dezembro de 2008


Schopenhauer:
O corpo humano é apenas obejetivação da vontade, tal como aparece sob as condições da percepção externa. A vontade seria o princípio fundamental da natureza.
A vontade é a fonte de todos os sofrimentos.
A felicidade seria apenas a interrupção temporária de um processo de infelicidade.

Espinosa:
O homem livre não é aquele que decide o que quer.
O homem livre é aquele que conhecendo as leis da natureza e as de seu corpo, não se deixa vencer pelo exterior mas sabe dominá-lo.

ouvindo uma música e lendo estas frases me parafrasei
eu continuo querendo isso e aquilo, um pouco mais daquilo, um pouco menos disso. Não é nada disso.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

desejo - Vitor Hugo

Desejo...Desejo primeiro que você ame, E que amando, também seja amado. E que se não for, seja breve em esquecer. E que esquecendo, não guarde mágoa. Desejo, pois, que não seja assim, Mas se for, saiba ser sem desesperar. Desejo também que tenha amigos, Que mesmo maus e inconseqüentes, Sejam corajosos e fiéis, E que pelo menos num deles Você possa confiar sem duvidar. E porque a vida é assim, Desejo ainda que você tenha inimigos. Nem muitos, nem poucos, Mas na medida exata para que, algumas vezes, Você se interpele a respeito De suas próprias certezas. E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo, Para que você não se sinta demasiado seguro. Desejo depois que você seja útil, Mas não insubstituível. E que nos maus momentos, Quando não restar mais nada, Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé. Desejo ainda que você seja tolerante, Não com os que erram pouco, porque isso é fácil, E que fazendo bom uso dessa tolerância, Você sirva de exemplo aos outros. Desejo que você, sendo jovem, Não amadureça depressa demais, E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer E que sendo velho, não se dedique ao desespero. Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e É preciso deixar que eles escorram por entre nós. Desejo por sinal que você seja triste, Não o ano todo, mas apenas um dia. Mas que nesse dia descubra Que o riso diário é bom, O riso habitual é insosso e o riso constante é insano. Desejo que você descubra, Com o máximo de urgência, Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos, Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta. Desejo ainda que você afague um gato, Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro Erguer triunfante o seu canto matinal Porque, assim, você se sentirá bem por nada. Desejo também que você plante uma semente, Por mais minúscula que seja, E acompanhe o seu crescimento, Para que você saiba de quantas Muitas vidas é feita uma árvore. Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro, Porque é preciso ser prático. E que pelo menos uma vez por ano Coloque um pouco dele Na sua frente e diga "Isso é meu", Só para que fique bem claro quem é o dono de quem. Desejo também que nenhum de seus afetos morra, Por ele e por você, Mas que se morrer, você possa chorar Sem se lamentar e sofrer sem se culpar. Desejo por fim que você sendo homem, Tenha uma boa mulher, E que sendo mulher, Tenha um bom homem E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes, E quando estiverem exaustos e sorridentes, Ainda haja amor para recomeçar. E se tudo isso acontecer, Não tenho mais nada a te desejar ". -*- Vitor Hugo
eu queria isso e aquilo