quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

devastação



Ela disse: passei a noite em pesadelos.
HOJE ao fazer uma caminhada, quando passava no parque com uma mata não muito crescida, passou uma cobra entre minhas pernas, quando entre um passo e outro.
Quase pisei em sua cabeça.
Acho que EU estava borboleteando, cantando, no canto da cigarra! E no cantar e no pensar; flutuei nos devaneios pra longe voei com uma gaivota que desenhava no ar brincando com vento como se fosse maestro dirigindo uma orquestra, tal a suavidade de seu voar.
Me ausentei um pouco de mim.
Pisei no chão firmente.
Fui caminhando passo a passo sentindo o calcanhar no chão subindo e descendo como se tivesse num ensaio de dança.
As aranhas se ausentaram ou foram devoradas não as encontrei.
Penso que é o veneno que andaram jogando por todo lado.
São tantas herbicidas, agrotóxicos que inventaram e jogam por todas as matas e plantações de todos os países e os hormonios nos bichos. Bichos criados para produzir leite e carne para o mercado. O mercado negocia: vende compra investe nas bolsas.
E o povo alimenta-se deste mercado na sobrevivencia da vida.
O povo precisa do alimento e o mercado, o lucro pelo lucro, amém. As doenças se espalham e esmigalham tantos sonhos,os hospitais não dão conta de tratar o cancer nos pobres. As matas e os bichos andam correndo risco de fuzilamentos, querem latifundios maiores para cuidar da plantação para especulação e não pensando na fome dos que morrem antes do tempo, transgenicos, é a solução? Quem disse. O fogo que arde devastando tudo é por causa do lucro.
O novo Deus que chegou e toma conta de tudo desde os condicionamentos dos que pensam que pensam até dos que não querem pensar.

Um comentário:

Aparecida Brasileiro disse...

Voce começa com uma poeticidade incrivel. É a fantasia que domina os sentidos humanos. Mas de arroubo eleva diante da majestade da razão