quarta-feira, 15 de setembro de 2010

a dor ás vezes é bom


A dor é minha, a dor é sua, a dor também é uma postura,a dor da gente leve ou pesada, a intensidade só a gente que sente e sabe e só quem tem sabe que tem na dimensão e no tamanho que da própria dor. Não desfaça a promessa, que você jurou. Nada mudou, ainda estou crisálida do meu caminhar, erros são meus, erros são seus, são nossos vossos, e dos rogai por nós, era tudo ou não era nada? Jurar então, não tem valor, e nem vale mais a pena conhecer os erros para evitar caminhar pro mar. É único destino que nos atrai. Tudo que sei, se é que alguma coisa eu sei, o que penso que sei é uma escravidão estar e ficarem seus abraços que por mais que me enlaço ainda assim sinto o aconchego, ali todo dia na rotina do dia a dia, do apertar o parafuso que existe pra me parafusar. Ela perdida neste paradigma também estava perdida e se agarra a ele e nem é cedo e nada seduz, seduzia antes, já não seduz, não cedo, nem mais tarde e nem mais cedo. E, ela ainda me dizia. -Você tem medo, E, eu respondia: Deve ter sido engano, nunca devia ter dito o que disse. A dor da gente só a gente é que sente.O que sinto, que foi bom ter sentido a dor naquele momento e é sempre bom saber dar tempo ao tempo e só agora compreendo quando ela disse-me vamos dar um tempo naquele momento que virou nas nossas mentes um eternamente. E chorar, pode ser o abraço que não sentia.
E não devia ter respondido quem ‘tem medo é você.Quando se chega às vezes é porque já se foi. Não implore, não ajoelhe, não peça nada que você não deu, não se desculpe, não caminhe na contra mão, ande de pé descalço e não pise no seu próprio calo, não tropique em nenhuma pedra. Precisa ficar ereta para enxergar mais longe.Se faltar o ar, deve ser o luar ou o tempo seco a castigar.

4 comentários:

Aparecida Brasileiro disse...

Que peso tem esta palavra: Dor
traz consigo diante da sua mínima estrutura uma imensidão infinita de vaguitudes incostantes

Cida Cotrim disse...

Só de ler dói!
Espero que seja
o luar a alumiar.

Ani Ohevet Otacha disse...

Dor que seja amena quando temos amigos, família e coração principalmente recheado de bons sentimentos para rebater essa dor....
Sai minha tristeza
Deixa o amor entrar
Não quero ficar sózinha

Só de alma vazia
Outro dia sem cor
Que me pintasse de amor
Com o fogo da paixão
Quem eu quero não me quer
E a quem me quer não me dou
Prisioneira deste medo de me perder
De voltar a dar de mim e outra vez depender
De um amor que faz doer e da prazer
E eu não

Não já não aguento a solidão
O amor não vem e eu não
Já não aguento a solidão
Só quero outra paixão
E voltar a dar de mim

Vai doce desejo
Procurar num olhar
O amor que me sorria

Estou só de alma vazia
Outro dia sem cor
Que me pintasse de amor
Com o fogo da paixão

Quem eu quero não me quer
A quem me quer não me dou
Prisioneira deste medo de me perder
De voltar a dar de mim e outra vez depender
De um amor que faz doer e da prazer
E eu não
Adelaide Ferreira

Nicah Gomes disse...

O momento de reflexão se da
normalmente em tempestades dolorosas
o que não diminui a beleza poetica
" dor"

Lindo fragmento poetico!

Um abraço
Nica