A alegoria da caverna dramatiza a ascese do conhecimento, complementando o esquema da linha dividida. Descreve um prisioneiro que contempla no fundo de uma caverna, os reflexos de simulacros que – sem que ele possa ver –são transportados á frente de um fogo artificial.
Como sempre viu essas projeções de artefatos, toma-os por realidade e permanece iludido. A situação desmonta-se e inverte-se desde que o prisioneiro se liberta; reconhece o engano em que permanecera, descobre a “encenação” que até então o enganara e, depois de galgar a rampa que conduz a saída da caverna, pode lá fora começar a contemplar a verdadeira realidade.
Aos poucos, ele, que fora habituado a sombra, vai podendo olhar o mundo real, primeiro através de reflexos –como o do céu estrelado refletido na superfície das águas tranqüilas -, até finalmente ter condições para olhar diretamente o sol, fonte de toda luz e de toda realidade.
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