Um discípulo caminhava com seu mestre, depois de algum tempo encontraram perto de um riacho, uma linda noiva, toda preparada, arrumada, pintada, penteada, aquele vestido lindo branco e comprido. Precisava atravessar aquele riacho.
O mestre não titubeou... Ajudou-a atravessar.
O discípulo ficou indignado. Como pode uma atitude assim? O mestre tem que se preservar. Porque assim ele tem contato com o corpo da noiva, vai sentir sua pele, seu rosto, seu perfume. Quis perguntar, mas, faltou coragem. Caminhavam, caminhavam, e aquelas perguntas de indignação não saiam de sua cabeça e todo momento a vontade de questionar o mestre, mas cadê coragem? Já lá pelo final de tarde, aquela pergunta que não lhe calava, por todo aquele percurso, resolveu desabafar:
-Mestre, estou para perguntar, mas fico sempre pensando e não tenho coragem.
-Ora vamos lá pergunte.
-Mestre porque atravessou aquela jovem noiva lá no riacho?
-Olha, eu carreguei a noiva só no percurso do riacho. E você vem carregando ela durante todo esse nosso percurso.
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