Qual o fogo que arde mais que vulcão em chamas!
Chama, grite socorro! Apagá-lo ou não.
Ruge algum leão em algum lugar dentro de mim e é um turbilhão de assombros que vai tomando conta da situação.
São situações fora de controle. Controle venha; atender-me.
Nem sei se é o que sonhava sentir. Ah se pudesse gritar, e ser ouvido. Gritar, gritar no meio de tanto barulho. É a desordem. Desordem no congresso nacional. E existe alguma ordem fora daqueles dizeres da bandeira nacional? Por que polícia? Arrancaram-me o pouco que sobrou das economias e disseram: Imposto de Renda. Chame o ladrão.
O corpo fala a alma cala. É a insensatez ou a coragem, é a loucura ou destemor
Os comandos dizem cala. Não há ouvidos a escutar. Disseram justiça. Justiça só se for nos poemas de Bertolt Brecht. Será que o canto de Vandré, Victor Jara, serão sempre reverenciadas como uma necessidade premente.
3 comentários:
A nossa desordem é a somatória da desordem à nossa volta, vivemos num mundo de outra ordem, uma ordem que nunca entendemos e nunca entenderemos, eu acho. Também vivemos num mundo de explicações menos simplistas sobre nós e o mundo. No passado a dicotomia entre o bem e o mal, entre esquerda e direita, entre o preto e o branco, entre tantas coisas e outras tantas coisas nos levava a ter mais "certezas" e hoje neste mundo tão sem referências tudo ficou mais difícil, as explicações ficaram menos óbvias. Por outro lado tudo ficou mais leviano e menos profundo, no passado mais radical as pessoas acreditavam mais em sonhos e revoluções, tinham um pouco de visão coletiva. Hoje tudo é mais individualista e egoísta, a formação intelectual se tornou rala e superficial. Perdemos alguma coisa que está muito longe de compreendermos o que isso pode significar para o nosso futuro, pois no presente fica difícil pensar que ainda possamos ir por caminhos mais qualitativos, criativos e, principalmente, com uma visão mais humanista e menos mercantilista das relações humanas.
na verdade precisamos é tomar cuidado paa não ficar perdido dentro de tantas mudanças e reais, concretas que nos massifica naturalmente - imagina então se formos ficar pensando...então acredito que temos de constatar e não levar muito a sério - para mantermos a esperança ao menos na nossa caminhada- ec etc.
Sem perder o contato com a realidade e sem egoísmo e individualismo excessivo infelizmente está nos sobrando o cominho individual e a possível jornada que ele nos propicia. Os coletivismos estão cada vez mais contaminados por interesses espúrios e muitos inocentes servem de meio para os mais escusos interesses. Nunca deveremos perder o poder da indignação, mas as possibilidades de expressa-la e de leva-la à frente estão cada vez mais limitadas e desmotivantes. Vamos seguindo pela nossa estrada até aonde der.
Abraço,
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