AMADO MICHAEL
(Tom Zé)
Negro da luz que desbota branco
Tanto talento tormento tanto
Tanta afronta de pouca monta.
Eia! virtudes em farta ceia
Todo encanto que pode o canto
Toda fiança que adoça a dança.
Que deus nos furta vida tão curta?
Mundo lamenta: ele mal cinquenta!
A ninguém ilude essa bruxa rude.
Paroxismo desse Narciso
Que achou desgosto no próprio rosto
E apedrejou-se com faca e foice.
Avança a rua (uma dor que dança)
E em seus telhados mandibulados
Requebra os hinos do dançarino.
Niños, rapazes, se sentem azes
Herdeiros todos e seus parceiros
Revelam parque, porto e favela.
II
Da Grécia três te trouxeram Graças
Arcas repletas de belas artes
Arcas que deram ciúme às Parcas.
Que luz trarias tu, mitologia,
Para um tal desatino de destino
Que o espandongado toma por fado?
Porque o povo grego disse que
Se a hybris o herói consigo quis,
Se condiz ao lado dela ser feliz
Ele mesmo será pão e maldição
Enquanto gera para os olhos de Megera
3 comentários:
Irineu,
Não conhecia esse de Tom Zé, muito boa postagem...Parabéns pela escolha e por seu ótimo Blog!!
Grata por sua visita!!
beijos e ótimo final de semana...
Visite meu outro Blog:
www.versoeprosapoemas.blogspot.com
Tom Zé entende bem o drama
dessa alma tão dolorida. Talvez só a poesia possa tentar entender o que se passou com esse ser tão pertubado.
era pra ser um poema?
boa semana.
bjosss...
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