sexta-feira, 10 de julho de 2009

detomzeparamichaeljackson

AMADO MICHAEL
(Tom Zé)

Negro da luz que desbota branco
Tanto talento tormento tanto
Tanta afronta de pouca monta.

Eia! virtudes em farta ceia
Todo encanto que pode o canto
Toda fiança que adoça a dança.

Que deus nos furta vida tão curta?
Mundo lamenta: ele mal cinquenta!
A ninguém ilude essa bruxa rude.
Paroxismo desse Narciso
Que achou desgosto no próprio rosto
E apedrejou-se com faca e foice.

Avança a rua (uma dor que dança)
E em seus telhados mandibulados
Requebra os hinos do dançarino.
Niños, rapazes, se sentem azes
Herdeiros todos e seus parceiros
Revelam parque, porto e favela.

II

Da Grécia três te trouxeram Graças
Arcas repletas de belas artes
Arcas que deram ciúme às Parcas.

Que luz trarias tu, mitologia,
Para um tal desatino de destino
Que o espandongado toma por fado?

Porque o povo grego disse que
Se a hybris o herói consigo quis,
Se condiz ao lado dela ser feliz
Ele mesmo será pão e maldição
Enquanto gera para os olhos de Megera

3 comentários:

Sonia Parmigiano disse...

Irineu,

Não conhecia esse de Tom Zé, muito boa postagem...Parabéns pela escolha e por seu ótimo Blog!!

Grata por sua visita!!

beijos e ótimo final de semana...

Visite meu outro Blog:
www.versoeprosapoemas.blogspot.com

Cida Cotrim disse...

Tom Zé entende bem o drama
dessa alma tão dolorida. Talvez só a poesia possa tentar entender o que se passou com esse ser tão pertubado.

Anônimo disse...

era pra ser um poema?

boa semana.

bjosss...