terça-feira, 17 de março de 2009

a mentira e as propagandas


O capitalismo se mantém pela mentira.Qualquer ser humano “e principalmente influente”, goste ou não, faz política.É preciso conscientizar-se, que somos parte de uma moeda. Descortinar-se para ver qual o lado que temos de assumir.É a mentira que matam as vitimas. Esconder a verdade é a maior das mentiras que as propagandas de cigarro estimulam os fumantes e os adolescentes ainda não fumantes. Sem citar outras tantas propagandas de outros tantos milhares produtos.E é a mentira que sustenta o poder ideológico, político econômico e judiciário. Acabar com a mentira é destruir os alicerces que sustentam todas as propagandas mercadológicas e políticas.Quer mais? É a mentira que o mantém na falsa felicidade.
propagandas
Uma campanha antitabagista norteada pela bússola viciada da moral é muito fácil de ser contestada.A moral é absoluta. A moral, como disse Rimbaud, é a fraqueza do cérebro.O automóvel mata 600.000 brasileiros por ano e leva a morte um número incalculável através da poluição e estresse.A maior propaganda do uso abusivo de cigarros é a enorme produção de ansiedade da qual uma das maiores responsáveis é a mídia. Que intoxica as mentes com mitos não irrealizáveis. Na maioria dos telespectadores, a imagem impalpável do corpinho oferecido da moça envia basicamente duas sugestões. Para os homens: “voce quer me comer?” E para as mulheres: “voce quer ser desejada como eu?” Já que uma resposta afirmativa a estas perguntas é 99% impossível para a maioria dos mortais, qual é o resultado? ANSIEDADE. E como é que as pessoas têm lidado coma ansiedade. Consumindo e se consumindo. E o número de obesos, de viciados em comida com saúde seriamente comprometida, só tem aumentado.Se a raiz da ansiedade, não for entendida o consumidor intoxicado vai continuar poluindo o pulmão, o estomago ou a mente.

a menina


Sempre doce, as vezes suave, as vezes não, as vezes melada, as vezes encruada, as vezes é menina entende e desentende o mundo adulto, faz confusões de adolescente. Às vezes como senhora, sabe mais que os que pensam que sabem. Sabe ser mulher e como sabe e tem algumas vantagens tem o encantamento o discernimento. E as vezes; Não. sempre decidida a ser o que é. Ser decidida enquanto mulher deve causar duas situações antagonicas: espanto e encanto. Será que desenhei o enredo certo deste conto em prosa? Conto?Às vezes me leio e me dou parabéns. Este tem sido um aprendizado de me gostar. Mesmo que ninguém goste. Às vezes me rasgo de vergonha.Ultimamente tenho me mantido inteiro. Pro meu delírio. Me resguardo das traças. Sem me dobrar em algum armário.Mas ao mesmo tempo sem ficar em exposição pra liquidação letífera

quarta-feira, 11 de março de 2009

no que voce pensa? pensa...que pensa.

parte 1

Ministro Gilmar Mendes, desde sua posse como presidente do Supremo Tribunal Federal. É ágil para defender o patrimônio, mas lento para defender vidas. Ataca os povos indígenas, os quilombolas, os direitos dos trabalhadores, os operários e defende os militares da ditadura militar.

Parte 2

Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado".
Karl Marx, in Das Kapital, 1867

domingo, 8 de março de 2009

mulher e o dia

Mulher da vida, minha irmã
Cora Coralina
Mulher da Vida, minha Irmã. De todos os tempos. De todos os povos. De todas as latitudes. Ela vem do fundo imemorial das idades e carrega a carga pesada dos mais torpes sinônimos, apelidos e apodos:
Mulher da zona, Mulher da rua, Mulher perdida, Mulher à-toa. Mulher da Vida, minha irmã. Pisadas, espezinhadas, ameaçadas.
Desprotegidas e exploradas. Ignoradas da Lei, da Justiça e do Direito. Necessárias fisiologicamente. Indestrutíveis. Sobreviventes. Possuídas e infamadas sempre por aqueles que um dia as lançaram na vida. Marcadas.
Contaminadas, Escorchadas. Discriminadas. Nenhum direito lhes assiste. Nenhum estatuto ou norma as protege. Sobrevivem como erva cativa dos caminhos, pisadas, maltratadas e renascidas. Flor sombria, sementeira espinhal gerada nos viveiros da miséria, da pobreza e do abandono, enraizada em todos os quadrantes da Terra.
Um dia, numa cidade longínqua, essa mulher corria perseguida pelos homens que a tinham maculado. Aflita, ouvindo o tropel dos perseguidores e o sibilo das pedras, ela encontrou-se com a Justiça. A Justiça estendeu sua destra poderosa e lançou o repto milenar: “Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra”.
As pedras caíram e os cobradores deram s costas. O Justo falou então a palavra de eqüidade: “Ninguém te condenou, mulher... nem eu te condeno”. A Justiça pesou a falta pelo peso do sacrifício e este excedeu àquela.
Vilipendiada, esmagada. Possuída e enxovalhada, ela é a muralha que há milênios detém as urgências brutais do homem para que na sociedade possam coexistir a inocência, a castidade e a virtude.
Na fragilidade de sua carne maculada esbarra a exigência impiedosa do macho. Sem cobertura de leis e sem proteção legal, ela atravessa a vida ultrajada e imprescindível, pisoteada, explorada, nem a sociedade a dispensa nem lhe reconhece direitos nem lhe dá proteção. E quem já alcançou o ideal dessa mulher, que um homem a tome pela mão, a levante, e diga: minha companheira. Mulher da Vida, minha irmã.
No fim dos tempos. No dia da Grande Justiça do Grande Juiz. Serás remida e lavada de toda condenação. E o juiz da Grande Justiça a vestirá de branco em novo batismo de purificação. Limpará as máculas de sua vida humilhada e sacrificada para que a Família Humana possa subsistir sempre, estrutura sólida e indestrurível da sociedade, de todos os povos, de todos os tempos. Mulher da Vida, minha irmã. Declarou-lhe Jesus: “Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no Reino de Deus”. Evangelho de São Mateus 21, ver.31.
Poesia dedicada, por Coralina, ao Ano Internacional da Mulher em 1975

segunda-feira, 2 de março de 2009

PREFÁCIO do livro: QUEM EDUCA QUEM de irineu xavier cotrim

Educação: ato ou efeito de educar (se). Processo de desenvolver a capacidade física, intelectual e moral do ser humano. Instruir.
A educação inicialmente se dá na família. Família: Unidade sistemática constituída pela reunião de gêneros. Grupo de pessoas; pequena associação de pessoas voltadas para um bem comum. Escolarizar: submeter ao ensino escolar. Escola: Onde se ministra ensino coletivo.

Numa sociedade de classes, como ocorrem a educação familiar e a escolar? Por que a educação familiar e também a escolar estão em crise?

Entre outras, a escola é educadora; a igreja é educadora; a política é educadora, a televisão é educadora. E, é a família a maior educadora entre todas. Mas cadê a família? Nem vou perguntar das outras instituições. Porque ninguém saberia responder.

A educação é construir uma vida. Construir é uma tarefa diária, diferente de ganhar. Será que alguém se atreve a responder para que existem escolas? Sejamos honestos e vamos tentar responder a todas essas questões acima colocadas.

Ah! Mais uma questão para refletir. Quando o profissional do magistério se prepara ansiosamente e começa a dar suas primeiras aulas, na maioria das vezes está transbordando de interesses, de vontades e de conhecimentos e, se os alunos estão dispostos a sugar, buscar, receber, haverá uma simbiose, uma maior possibilidade de empatia entre professor e alunos. Mas infelizmente, o desinteresse, e a desmotivação estão encravados e parece uma epidemia geral, não sei se pelo fato de muitos dos mestres já terem sido educados dentro desta panela de pressão em que se tornou a educação pós-televisão.

A violência não se explica apenas por ela mesma. Antes de entender o quebra-quebra de carteiras e cadeiras e porradas em professores, é preciso de fato a sociedade analisar-se nos seus valores e tentar mudar a direção desses mesmos valores que estão sem rumo, desnorteados. A sociedade é composta de vários instrumentos, várias são as instituições e poucas têm se movimentado para os fatos reais.