sexta-feira, 17 de abril de 2009

A vida é feita de muitos caminhos: O nosso caminhar algumas vezes; estradas longas, estreitas, ingreme, esburacadas com pedregulhos.
Quando estamos exauridos e não vemos atalhos, aparece não mais que de repente; estrada reta, larga, tranquila, florida, embora algumas vezes caia tempestades.
Sempre enxergo uma cruz mais pesada que a minha. O que é um conforto!
Os caminhos são invariavelmente cruzados e toda escolha é o corte de muitas alternativas.
Na longa caminhada, a leitura ajuda muito na medida que possibilita inventar o próprio caminho.
Nem a ideologia dominante conseguiu impedir a fome de leituras.
Uma das poucas armas da libertação que temos é a leitura.
Que faz com que entendamos o mundo que nos cerca, nesta longa estrada da vida que nos rodeia e nos convida a caminhar com os atalhos ou não.
O fato de ser um que lê no meio deste indice de leituras tão baixo é motivo de reflexão.
Depois de muito conviver e sentir a tristeza desta dura realidade, me penitenciei de estar consciente e infeliz é mais coerente com a condição humana do que a incosciencia dos outros, ainda que estejam fantasiosamente feliz. O que nos diferencia? PENSAR!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

um pouco dos filósofos

Descartes-o Deus perfeito

Primeiro,devemos concordar que, para que exista um rigor matemático sobre as coisas, são necessárias diversas regras -dentre elas, a evidência. Sem que haja provas indiscutiveis de algo, que evidencia aos olhos sua existência, esse algo não existe. Dito isso, como fica Deus nessa história? Bem, Deus foge dessa máxima absoluta, pois é um ser perfeito. E, para nós, humanos limitados e imperfeitos, é impossível se quer ter o conceito de um ser perfeito sem que ele exista e nos inspire esse conceito. Portanto, se imaginamos Deus, se idealizamos Deus, se damos perfeição à sua forma, é porque a perfeição existe e, com isso, Deus existe.Essa, por si só, é a evidencia.
Descartes - o romantico.
O amor é o fruto da alma. É um sentimento que nos une, natural a todos os humanos. Há porém, várias formas de amor. Em suma, parece-me que podemos distingui-lo em função da estima que temos pelo que amamos: quando estimamos o objeto do nosso amor menos que a nós mesmos, temos por ele apenas uma simples afeição; quando o estimamos tanto quanto a nós mesmos, a isso se chama amizade; já quando o estimamos mais, a paixão que temos pode ser chamada de devoção. E não há homem tão imperfeito que naõ possamos ter por ele uma amizade muito perfeita, quando pensamos que somos amados por ele e quando temos a alma verdadeiramente nobre e generosa. O amor intrinseco e universal.


Marx - ateu
Não creio e não defendo a idéia de Deus, para mim e a fé em um ser divino não passa de uma ilusão, um ideal inconsciente que deve ser combatido. A fé em si, a crença arbitrária em algo superior, deve ser desmascarada por completo, a fim de restituir ao homem a dignidade perdida e sua própria interioridade infinita. Sou um materialista prático. Minha luta contra o mundo do qual a religião é o aroma espiritual - o mundo que diminui parte dos homens perante outros. A adesão a Deus tira do homem a consciencia de sua grandeza. É uma alienação. Quanto mais o homem coloca realidade em Deus, menos resta de si mesmo. É a partir da negação a essa existência superior que a existência humana ganha o primeiro plano.

Niestzche - e a locura

A loucura é necessária pois é o que viabiliza o caminho para as idéias novas, rompendo os costumes e as superstições veneradas. Digo que é nos permitindo à loucura que construímos uma subversão pálpavel dos valores antigos e já ultrapassados. Onde existe loucura, há também um grão de genealidade e sabedoria. Alguma coisa de divino. Portanto, o caminho ideal para os emissários dos novos valores e da nova moral deve ser proclamar suas leis e quebrara antiga moralidade sob a fantasia da loucura. Suposta doença, suposto distúrbio maligno, ela cumpre a tarefa de evidenciar a decadencia dos valores retrógrados, e assim, criar novas diretrizes para unir o pensamento humano.

Kant e a loucura - Discordo com enfase desse pensamento. Acredito que a essência da loucura reside no fato de que o louco não relaciona as idéias que o assediam com as regras objetivas, que coincidem com as leis empíricas. O louco não pode reconhecer as contradições entre o subjetivo e o objetivo - ele perde o contato com o senso comum e torna-se prisioneiro de sua própria singularidade lógica. Por isso, digo que o louco é incapaz de ajustar-se à realidade da experiência. Ele cria, em vez disso, o que chamo de o "outro" da razão, que se fecha para as idéias externas. Creio que a loucura não seja a ausência da razão, como os mais tradicionais proclamam: é a passagem do espírito para uma outra razão, individualizada e necessariamente hermética, que não une, mas segrega.


Schopenhauer
Podem me chamar de pessimista,mas, na minha opinião, o amor é um conceito inventado para que nos sirva de consolo perante as infelicidades da vida. Não passa de uma ilusão provocada pela natureza, em favor da continuidade da espécie. É isso mesmo. Colocar uma pessoa no mundo, sem qualquer paixão, desejo ou impulso subjetivo, somente por pura reflexão e fria intencionalidade, seria uma atitude moralmente duvidosa, a qual duvido que muitos aderisse. Para eliminar qualquer coisa causado pelo egoísmo humano, a natureza usa de artíficios para que o seu projeto se cumpra. É a isso que damos o nome "amor" - um ideal tomado como a via mais prudente àquele que prefere a paz da enganação à realidade natural da raça humana

quinta-feira, 9 de abril de 2009

coisas que aprendi

COISAS QUE APRENDI. -quando você pensava que eu naõ estava prestando atenção- eu vi você pegar as minhas primeiras palavras e sair mostrando pros amigos. E imediatamente tive vontade de fazer outras escritas pra você. Quando você deu comida pro pedinte que bateu à nossa porta. aprendi que é legal ser comunista e solidário. Quando você pensa que eu nem percebia, vi você fazer o bolo de fuba e sem ovo porque sabia que me fazia mal comer óvos. Vi você fazer uma oração. aprendi que existe um Deus, que mesmo quando não tive mais fé, sempre me apontava que tinha um Deus a quem confiar e talvez o meu ateísmo não foi muito forte e hoje posso dizer não acredito graças a Deus! Quando voce pensava que eu não estava olhando vi voce levantar-se na noite fria para ver se eu estava coberto. Foi o beijo que você sabia dar e me senti amado e seguro. A responsabilidde que aprendi com você é que me norteia nas caminhadas e nas pedradas que tenho recebido, e ser mais compreensivo e que os humanos às vezes precisam da outra face.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

o tempo não para.

Buscando o infinito no finito. O tempo não se dobra, não se gasta.
Fugir do real é enfeitar a realidade?
Entre o dia do parto e do fim. Todos os dias são meus.
Meu caminho é de pedra. Estou de joelhos. Como posso sonhar?
Me quiseram rastejando. levantei-me.
Aprendi a escutar o tempo, e soltar a vóz.
Há tempo de plantar e tempo de colher(3,3 eclesiastes).
O que passou não conta?
O passado é o presente. Interiorizaram as idéias dominantes, que naõ percebem o que pensam,mas não podem apagar a memória. Ou podem?
Deixarei que morra o desejo destes lábios seus colados nos meus...
Nada poderei te dar, se não a magoa de me veres exausto!
Ficarei só, mas te possuirei, os lamentos será sua vóz!
Poetizar é não revelar tudo a todos; de mistérios precisamos para viver.
As analogias que faço é para preservar-me nas figuras que criei.
A censura que me faço desfaço na sensualidade da natureza que transforma. Não me nego a pensar e a sentir. Há tanta sensualidade nas frutas que me delicio não em só comer, mas antes olhar observar, pegar na mão sentir a textura, observar a cor e na semente seu útero.
Sou filho de matuto. Será que só o matuto é que sabe enxergar o erotismo que esta em todo lugar. E que sexo é complemento não é altar e nem banca de feira em que vamos negociar.
Sentindo a brisa que balança este vestido, fazendo pecar o pensamento corro para o papel rascunhar porque escrever é estar fora de si. me percebo na ilusão por alguns momentos, e a ilusão faz parte da grandeza na soma de prazeres.
O pão e circo romano apresenta o show completo é só ligar a televisão.

sábado, 4 de abril de 2009

sede de que?

Sabe o que eu queria agora? Aplacar a minha sede. Sede de que? ando anímico mais que o real possa me conceber...mas nem tudo que excita é desejo. Mas este meu desejo não dá pra ser furtivo virou fastidioso tesão.Vou fazer de conta que todo jogo é baralho. Vou tomar umas e umas e me fazer como os iguais agora pra mim é só novelas e futebol; nada de metáforas se ficas ai a pensar no que...- veja que poetas sofrem e nem és poeta e nem nada... Hoje não é prá sonhar.Um dia a gente cresce e, entende este mundo dos adultos... Me leva pra qualquer lugar, pode ser pro buteco, onde tenha um som legal: saxofone e violino misturado com viola e violão, é na boa melodia onde Deus possa me ouvir pra navegar nas fantasias do meu silencio. Ó Pai não deixes que eu me abandone aos "meus" pensamentos.Quero algo pra beber. Deixe-me aqui pode sair. Dê-me o silencio da noite, faças com que todos estes turbilhões sejam só momentos. Estou sem horas e sem tempo.E rimar a minha poesia. é fugir dos anelos que me circunda.Dá-me o direito de perder o rumo para encontrar o atalho, e dizer coisas sem que me queiram perfeito. Porque disseram que não, agora cresci e não encontro a razão. Só não quero perder todo o brilho e, poder reinventar-me em cada verso em cada rima. Já nem corro contra o tempo. O sol queima o meu rosto e vento nem veem acariciar-me. Venha refrescar este ardor!As palavras são o que a gente conta ; o que a gente é. Ando em busca de palavras as que conheço e as que desconheço, procuro por umas que perdi. Algumas já desiludi de encontrar. Hoje preciso da palavra vinho. E nem sei se quero encontrar, ela pode ocupar o lugar da dor e se a dor resolver voltar pra ocupar lugar deixado pelo vinho no copo vazio. Ando apalpando a escuridão, nem uma ajuda, estão todos mais que cegos de audição. É preciso desendemoniar a multidão. Quanto barulho pungente neste meu silêncio. e quanto silêncio lúgubre neste meu turbilhão. irineu