sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

é natal. é natal?

Natal é isso AFETO.
O natal antes de ser a festa do consumo (papai-noel, bebericagens, cachaças, etc.), portanto, antes de ser uma festa pagã era uma festa cristã da família. Não havia tanto oba, oba. Cristo renascia nas reflexões das pessoas com uma vida nova. Hoje na noite de Natal o índice de homicídios, violências no transito e ressacas é assustador. É isso Feliz Natal?Desejo a todos e vou procurar fazer o possível para ter um natal Feliz. Até por que realidade tem que ter um pouco de fantasia. Aprendi que a vida é equilíbrio

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

domingo, 21 de dezembro de 2008

o livro

A Ninfa – está se formando de corpo de menina num corpo de mulher. Mas é tão encantadora que faz os mundos girar. Gira que gira em sua volta.Ela se vê tão bela (vê a mariposa queimar suas asas na chama da vela) antes do primeiro baile, quando quer ser pura, e ao mesmo tempo tentar todos os homens, é a morte de uma mariposa na chama que ela invoca – a menina é uma chama pura. Ela quer ser uma tentação, mas ela mesma se ve tentada.Mesmo não querendo provocar. Os transeuntes masculinos se embebedam nos olhares que quando ela passa faz as glândulas salivar de pensamentos... Que coisa mais linda mais cheia de graça é ela menina. É tão bela! Sua própria beleza é um fogo que a tenta.este texto faz parte do livro que pretendo lançar em 2009

sábado, 20 de dezembro de 2008

a rainha e a abelha

Nenhum conto de fadas por si só faz justiça à riqueza de todas as imagens que dão corpo aos processos interiores mais complexos, mas uma história pouco conhecida dos Irmãos Grimm, intitulada “ a Rainha Abelha”, pode ilustrar a luta simbólica da integração da personalidade contra a desintegração caótica. A abelha é uma imagem particularmente adequada para os dois aspectos opostos de nossa natureza, pois a criança sabe que a abelha produz o doce mel, mas também pode picar dolorosamente. Sabe também que a abelha trabalha duro para realizar suas propensões positivas, colhendo o pólen com o qual produz o mel.
Em “ A Rainha Abelha”, os dois filhos mais velhos de um rei partem em busca de aventura e levam uma vida tão desregrada e dissoluta que nunca mais retornam ao lar. Em resumo, levam uma existência dominada pelo id, sem qualquer consideração pelas exigências da realidade ou pelas demandas justificadas e as críticas do superego. O terceiro e mais jovem dos filhos, chamado Simplório, parte em busca e, graças à persistência, é bem sucedido. Mas eles zombam do fato de ele achar que, na sua simplicidade, poderá se sair na vida melhor do que eles, que são supostamente muito mais espertos. Superficialmente, os dois irmãos estão certos: à medida que a história se desenrola, Simplório se revela tão incapaz quanto eles de exercer controle sobre a vida, representada pelas tarefas difíceis que eles todos são solicitados a executar - exceto pelo fato de que se revela capaz de apelar em auxilio próprio para seus recursos interiores, representados pelos animais adjuvantes.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008


não é bela uma aranha? e quando esta na sua teia?olha fica mais bonita doque na folha


sonhos. nossos sonhos

Estamos sempre lembrando das coisas não agradáveis ou simplesmente detestáveis que nos aconteceram, e que tivemos que passar, talvez o sentido da lembrança é para ficar claro para o nosso consciente, que a lição foi passada e não devemos repetir os mesmos erros, ou até mesmo para lembrarmos que a ferida passou mas a cicatriz ficou e deixar claro que aprendemos a lição e assim servir de sinal para os outros que nos cercam, os filhos por exemplo, e assim eles podem desviar ou ao menos se valorizar mais na caminhada do crescimento necessário na lei da sobrevivência. irineu

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

o perfeito

um vento suave, quase um leve suspiro...que passa de raspão causando arrepios... São as palavras que vão, e que vem, fazendo um furacão de pensamentos, de momentos singulares e tormentos plurais, fincados nas perguntas que nem fazemos. Não nos atrevemos e temos. As respostas se buscam, mas, (e sempre o mas) nunca as temos por completo...elas são sempre fugidias, escorregam pelas mãos e acumulamos perguntas...até o esgotamento total dos pontos de interrogação...se me dou por completo, me querem em partes; se me parto, me querem no todo...melhor não se dá? ou melhor se completar para se dar?.... acredito que quando se completar se tornará desinteressante; perde-se a graça de estar buscando. O buscar é infinito(?) E talvez explicar a imperfeição. porque quando se completa, o outro(a) vai embora de algum lugar. Tálvez por ter perdido a graça no encanto do incompleto...de cada ser. E o não entender é enlouquecer! Acredito que é dar por parte a alguém que acredite que o todo é a melhor parte de parte nenhuma!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

faltam ouvidos

A fala
A necessidade de se manifestar. O que pode justificar a profissão professor.
A fala poderá materializar-se; do desejo no real.
Quando essa fala é calada. E pode ser por várias circunstâncias: repressão de superiores, através de Direção castradora. Ou pior ainda por alunos que não aceitam e não querem OUVIR. Cria-se uma ansiedade, que intensifica na medida em que o tempo passa até transformar-se numa Depressão.
A necessidade da fala. A necessidade de se fazer ouvir.
“Uma lufada de vento distante soprou e passou através do topo das árvores uma onda, fazendo das folhas movimento, dos frutos desprendimento e das flores adeus, embaralhando pensamentos meus.
O sol já tinha deixado o vale para escalar as encostas das montanhas. Fazendo sombras calmas, refrescando corpo e alma naquele amarelado entre as árvores, o pensamento ganha com o aprendizado só encantamento.
Sempre quis e fiz do sério uma ironia; transgredindo no lúdico a repressão, o autoritarismo quando não podia vomitar com um não. Quando me queriam lúgubre, inconscientemente me tornava luminário para os condicionados a ser sem pensamentos. A revolta.
Quando a maioria rezava o hino da ditadura militar eu cantava a internacional carregava Brecht. Quando as mentes perfiladas obedeciam aos senhores eu virava as costas, Se falavam Pátria mãe eu entendia madrasta.
A lua escondida, não apontavam as mortes dos meus iguais. Os gritos, os desaparecidos a maioria não sabiam que haviam muitos porões e canalhas arrancando unhas, afogando, calando os que se aventuraram, a saber, pensar. E eu? Estava na contramão do tudo isso. do nada disso, cantando é proibido proibir, gente vamos embora esperar não é saber, porque beber esta bebida amarga. As leituras que acrescentavam indignação permitiam a lucidez como; “cartas da prisão e nas entrelinhas dos jornais censurados e a dor de vozes comungadas. Caladas pra sempre. E se descobrem que penso?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Certo dia um pardal passou voando por mim; e...pensei ter visto uma águia. Agora todo mundo está ocupado em provar o quanto estou errado –bem, quem está melhor? Eu, o “iludido”, como dizem, que por conta do canto desse pássaro morou durante todo um verão num mundo superior de esperança, ou aqueles, para quem não existe logro?Do livro os desafios da terapia- irvin d.yalon

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

a voz dos animais serve unicamente para expressar a vontades em suas excitações e movimentos, mas a voz humana, também serve para expressar o conhecimento- schopenhauer

estou observando

O que me mata é o fingir estar sempre bem, é o andar olhando para cima. Eu quero saber onde estou pisando, onde eu possa cair e onde eu possa subir. Às vezes eu penso que as pessoas são escadas sem degraus. Eu me sinto perdido nesse mundo de mentiras. Eu sinto que isso nunca vai mudar estruturalmente, apenas esteticamente. Eu vejo, ouço e sinto as pessoas com a seriedade da pureza, o que me mata. O mundo é uma loja de corrupção, poder e vaidade e eu sou um observador da vitrine. irineu

educação / família

Ao nascer a criança, a primeira coisa que os pais devem perguntar-se é:
“Como vamos educar o nosso filho?”
Para isso deve entrar num acordo perfeito, para não terem divergência entre eles naquilo que vão exigir do filho. Nunca um cônjuge deve desfazer ou criticar o outro perante os filhos, mas, se for preciso, deve fazê-lo sempre em particular. Os pais devem manter-se em plena harmonia.
(“! ) segredo da autoridade moral dos pais em relação aos filhos é a estabilidade na serenidade
Durante a revolução francesa, foi estabelecida na França a pena de morte (guilhotina) para os crimes mais graves; certo dia um criminoso estava para ser executado, quando pediu ao juiz uns minutos de tempo para falar a platéia, antes de sua execução. Perante uma multidão curiosa e estatelada fez sua última peroração: Perdôo o juiz que me deu a sentença merecida. Perdôo os soldados que me prenderam. Perdôo o carrasco que irá me executar... Mas aqui no de vós há alguém que eu não posso perdoar; esse alguém são meus pais, que não me amaram e não me educaram...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

o encontro

Esta é uma redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco - Recife), e que obteve vitória em um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa. O ENCONTRO "Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram Alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial e, rapidamente, chegaram a um imperativo. Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se aproximar, ela tremendo de Vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula. Ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. Estavam na posição de primeiras e segundas pessoas do singular. Ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso, a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história. Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente!. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O Substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."

Ah! menina


Ah! Menina que te mostro caminhos
Te rasgo em palavras de novelos e me
confundo nas metaforas,
desenrosco, desato e depois te dou um nó
em minhas artérias,
e penetro tuas entranhas, e
aos teus desejos, teus enganos,
ofereço meus carinhos,
o meu dengo o meu colo
Ah! Menina que te espero timido.
Te espio de longe,
calado silencioso,
encolhido atrás de algum lugar,
te espio pela fresta de alguma porta.
Fico estático esperando
que você me ache e
quem sabe um dia me abrace
e estanque esta doença do querer fantasiar
IRINEU XAVIER COTRIM

terça-feira, 2 de dezembro de 2008


Schopenhauer:
O corpo humano é apenas obejetivação da vontade, tal como aparece sob as condições da percepção externa. A vontade seria o princípio fundamental da natureza.
A vontade é a fonte de todos os sofrimentos.
A felicidade seria apenas a interrupção temporária de um processo de infelicidade.

Espinosa:
O homem livre não é aquele que decide o que quer.
O homem livre é aquele que conhecendo as leis da natureza e as de seu corpo, não se deixa vencer pelo exterior mas sabe dominá-lo.

ouvindo uma música e lendo estas frases me parafrasei
eu continuo querendo isso e aquilo, um pouco mais daquilo, um pouco menos disso. Não é nada disso.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

desejo - Vitor Hugo

Desejo...Desejo primeiro que você ame, E que amando, também seja amado. E que se não for, seja breve em esquecer. E que esquecendo, não guarde mágoa. Desejo, pois, que não seja assim, Mas se for, saiba ser sem desesperar. Desejo também que tenha amigos, Que mesmo maus e inconseqüentes, Sejam corajosos e fiéis, E que pelo menos num deles Você possa confiar sem duvidar. E porque a vida é assim, Desejo ainda que você tenha inimigos. Nem muitos, nem poucos, Mas na medida exata para que, algumas vezes, Você se interpele a respeito De suas próprias certezas. E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo, Para que você não se sinta demasiado seguro. Desejo depois que você seja útil, Mas não insubstituível. E que nos maus momentos, Quando não restar mais nada, Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé. Desejo ainda que você seja tolerante, Não com os que erram pouco, porque isso é fácil, E que fazendo bom uso dessa tolerância, Você sirva de exemplo aos outros. Desejo que você, sendo jovem, Não amadureça depressa demais, E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer E que sendo velho, não se dedique ao desespero. Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e É preciso deixar que eles escorram por entre nós. Desejo por sinal que você seja triste, Não o ano todo, mas apenas um dia. Mas que nesse dia descubra Que o riso diário é bom, O riso habitual é insosso e o riso constante é insano. Desejo que você descubra, Com o máximo de urgência, Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos, Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta. Desejo ainda que você afague um gato, Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro Erguer triunfante o seu canto matinal Porque, assim, você se sentirá bem por nada. Desejo também que você plante uma semente, Por mais minúscula que seja, E acompanhe o seu crescimento, Para que você saiba de quantas Muitas vidas é feita uma árvore. Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro, Porque é preciso ser prático. E que pelo menos uma vez por ano Coloque um pouco dele Na sua frente e diga "Isso é meu", Só para que fique bem claro quem é o dono de quem. Desejo também que nenhum de seus afetos morra, Por ele e por você, Mas que se morrer, você possa chorar Sem se lamentar e sofrer sem se culpar. Desejo por fim que você sendo homem, Tenha uma boa mulher, E que sendo mulher, Tenha um bom homem E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes, E quando estiverem exaustos e sorridentes, Ainda haja amor para recomeçar. E se tudo isso acontecer, Não tenho mais nada a te desejar ". -*- Vitor Hugo
eu queria isso e aquilo

terça-feira, 25 de novembro de 2008

a infancia de cada um

A infância é o chão sobre o qual caminharemos o resto de nossos dias. Tudo que faremos na maturidade estará em nós a criança com os enganos e os afetos enraizados neste contorno desse "eu" que me fizeram ou propuseram. Misturamos em nós possibilidades de sonhar e necessidades de rastejar, medo e fervor.
Temos de cortar o que eventualmente tem de sufocante. Não podemos alterar o passado. irineu

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

consciência

Se não tivesse que trabalhar tantas horas e ganhar o suficiente para sobreviver, eu poderia botar um pocuo de liberdade no meu bolso e satisfazer alguns desses antigos sonhos enclausurado desde a meninice que já nem sei mais sonhado, naõ pensem que é uma queixa de barriga cheia. É claro que grande parte da minha gente trabalhadora são menos livres do que eu. A diferença é que eles ainda não sabem disso.A liberdade e a independência só existem mesmo quando através da cultura, o indivíduo pensa, sente e decide por si. irineu

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Precisamos De Você.
Aprende - lê nos olhos,lê nos olhos - aprendea ler jornais, aprende:a verdade pensacom tua cabeça.
Faça perguntas sem medonão te convenças sozinhomas vejas com teus olhos.Se não descobriu por sina verdade não descobriu.
Confere tudo pontopor ponto - afinalvocê faz parte de tudo,também vai no barco,"aí pagar o pato, vaipegar no leme um dia.
Aponte o dedo, perguntaque é isso? Como foiparar aí? Por que?Você faz parte de tudo.
Aprende, não perde nadadas discussões, do silêncio.Esteja sempre aprendendopor nós e por você.
Você não será ouvintediante da discussão,não será cogumelode sombras e bastidores,não será cenáriopara nossa ação
...
Privatizado
"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar. É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário. E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence."
...

Bertold.Brecht - perseguido por pensar

Perguntas De Um Operário Que Lê.
Quem construiu Tebas, a das sete portas?Nos livros vem o nome dos reis,Mas foram os reis que transportaram as pedras?Babilònia, tantas vezes destruida,Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casasDa Lima Dourada moravam seus obreiros?No dia em que ficou pronta a Muralha da China para ondeForam os seus pedreiros? A grande RomaEstá cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quemTriunfaram os Césares? A tão cantada BizâncioSò tinha paláciosPara os seus habitantes? Até a legendária AtlântidaNa noite em que o mar a engoliuViu afogados gritar por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou as IndiasSòzinho?César venceu os gauleses.Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?Quando a sua armada se afundou Filipe de EspanhaChorou. E ninguém mais?Frederico II ganhou a guerra dos sete anosQuem mais a ganhou?
Em cada página uma vitòria.Quem cozinhava os festins?Em cada década um grande homem.Quem pagava as despesas?
Tantas históriasQuantas perguntas

Bertold.Brecht - perseguido por pensar

Elogio da Dialética
A injustiça passeia pelas ruas com passos seguros.Os dominadores se estabelecem por dez mil anos.Só a força os garante.Tudo ficará como está.Nenhuma voz se levanta além da voz dos dominadores.No mercado da exploração se diz em voz alta:Agora acaba de começar:E entre os oprimidos muitos dizem:Não se realizará jamais o que queremos!O que ainda vive não diga: jamais!O seguro não é seguro. Como está não ficará.Quando os dominadores falarem falarão também os dominados.Quem se atreve a dizer: jamais?De quem depende a continuação desse domínio?De quem depende a sua destruição?Igualmente de nós.Os caídos que se levantem!Os que estão perdidos que lutem!Quem reconhece a situação como pode calar-se?Os vencidos de agora serão os vencedores de amanhã.E o "hoje" nascerá do "jamais".
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Bertold.Brecht - perseguido por pensar

Aos que virão depois de nósI
Eu vivo em tempos sombrios.Uma linguagem sem malícia é sinal deestupidez,uma testa sem rugas é sinal de indiferença.Aquele que ainda ri é porque ainda nãorecebeu a terrível notícia.
Que tempos são esses, quandofalar sobre flores é quase um crime.Pois significa silenciar sobre tanta injustiça?Aquele que cruza tranqüilamente a ruajá está então inacessível aos amigosque se encontram necessitados?
É verdade: eu ainda ganho o bastante para viver.Mas acreditem: é por acaso. Nado do que eu façoDá-me o direito de comer quando eu tenho fome.Por acaso estou sendo poupado.(Se a minha sorte me deixa estou perdido!)
Dizem-me: come e bebe!Fica feliz por teres o que tens!Mas como é que posso comer e beber,se a comida que eu como, eu tiro de quem tem fome?se o copo de água que eu bebo, faz falta aquem tem sede?Mas apesar disso, eu continuo comendo e bebendo.
Eu queria ser um sábio.
Nos livros antigos está escrito o que é a sabedoria:Manter-se afastado dos problemas do mundoe sem medo passar o tempo que se tem paraviver na terra;Seguir seu caminho sem violência,pagar o mal com o bem,não satisfazer os desejos, mas esquecê-los.Sabedoria é isso!Mas eu não consigo agir assim.É verdade, eu vivo em tempos sombrios!
II
Eu vim para a cidade no tempo da desordem,quando a fome reinava.Eu vim para o convívio dos homens no tempoda revoltae me revoltei ao lado deles.Assim se passou o tempoque me foi dado viver sobre a terra.Eu comi o meu pão no meio das batalhas,deitei-me entre os assassinos para dormir,Fiz amor sem muita atençãoe não tive paciência com a natureza.Assim se passou o tempoque me foi dado viver sobre a terra.
III
Vocês, que vão emergir das ondasem que nós perecemos, pensem,quando falarem das nossas fraquezas,nos tempos sombriosde que vocês tiveram a sorte de escapar.
Nós existíamos através da luta de classes,mudando mais seguidamente de países que desapatos, desesperados!quando só havia injustiça e não havia revolta.
Nós sabemos:o ódio contra a baixezatambém endurece os rostos!A cólera contra a injustiçafaz a voz ficar rouca!Infelizmente, nós,que queríamos preparar o caminho para aamizade,não pudemos ser, nós mesmos, bons amigos.Mas vocês, quando chegar o tempoem que o homem seja amigo do homem,pensem em nóscom um pouco de compreensão.
...

Brechet

As Boas Ações
Esmagar sempre o próximonão acaba por cansar?Invejar provoca um esforçoque inchas as veias da fronte.A mão que se estende naturalmentedá e recebe com a mesma facilidade.Mas a mão que agarra com avidezrapidamente endurece.Ah! que delicioso é dar!Ser generoso que bela tentação!Uma boa palavra brota suavementecomo um suspiro de felicidade

Bertold Brechet

Acredite Apenas
Acredite apenas no que seus olhos vêem e seus ouvidosOuvem!Também não acredite no que seus olhos vêem e seusOuvidos ouvem!Saiba também que não crer algo significa algo crer!

Bertold Brechet

A Minha Mãe
Quando ela acabou, foi colocada na terraFlores nascem, borboletas esvoejam por cima...Ela, leve, não fez pressão sobre a terraQuanta dor foi preciso para que ficasse tão leve!
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Bertold.Brecht

A Minha Mãe
Quando ela acabou, foi colocada na terraFlores nascem, borboletas esvoejam por cima...Ela, leve, não fez pressão sobre a terraQuanta dor foi preciso para que ficasse tão leve!
...

Bertold.Brecht

A Exceção e a Regra
Estranhem o que não for estranho.Tomem por inexplicável o habitual.Sintam-se perplexos ante o cotidiano.Tratem de achar um remédio para o abusoMas não se esqueçam de que o abuso é sempre a regra.

Bertold Brecht

A Cruz de Giz
Eu sou uma criada. Eu tive um romanceCom um homem que era da SA.Um dia, antes de irEle me mostrou, sorrindo, como fazemPara pegar os insatisfeitos.Com um giz tirado do bolso do casacoEle fez uma pequena cruz na palma da mão.Ele contou que assim, e vestido à paisanaanda pelas repartições do trabalhoOnde os empregados fazem fila e xingamE xinga junto com eles, e fazendo issoEm sinal de aprovação e solidariedadeDá um tapinha nas costas do homem que xingaE este, marcado com a cruz brancaë apanhado pela SA. Nós rimos com isso.Andei com ele um ano, então descobriQue ele havia retirado dinheiroDa minha caderneta de poupança.Havia dito que a guardaria para mimPois os tempos eram incertos.Quando lhe tomei satisfações, ele jurouQue suas intenções eram honestas. Dizendo issoPôs a mão em meu ombro para me acalmar.Eu corri, aterrorizada. Em casaOlhei minhas costas no espelho, para verSe não havia uma cruz branca.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

a metaforas

oh! menina que fantasias tanto a realidade, com doces palavras... amor, amor eu vou flutuar um pouco a caminho das nuvens pra fugir um pouco deste meu intenso concreto de realidade! a menina fantasia. fantasias assim,e vou acabar acreditando na flor. irineu

kafka

Carta a um filho

Filho.
Completas hoje dezoito anos.
Vais, daqui por diante, por certo, com o orgulho natural de todo jovem, que já és maior.
Um homem livre, portanto.
Ah, a liberdade!
Sabes o que é a liberdade, filho?
Como? O direito de fazeres o que quiseres?
Não, filho. Liberdade não é isso.
Liberdade é, de fato, um direito que deves sempre defender vigorosamente.
Direito não de fazeres o que quiseres mas sim, o que puderes.
Todos somos livres. Mas atenta:
A liberdade absoluta, filho inexiste.
Exceto, talvez no pensar.
Ninguém – ninguém! –pode limitar o nosso pensamento.
Como os tiranos apreciariam ter o privilégio de confiscar-nos o pensamento!
Podem, sim, quando muito, pela violência, impedir-nos de expressa-lo.
É que têm medo do que pensamos, porque sabem em que e por que pensamos...
Mesmo os pássaros, dispondo de todo o Universo, sabem até onde, com o seu vôo, podem chegar.
Dali não passarão, pois compreendem que se o fizerem ultrapassarão a liberdade que a Natureza lhes conferiu.
O instinto os faz entender que não podem abusar da liberdade.
Se abusarem da liberdade, perdê-la-ão...
É inato neles o sentido da responsabilidade.
És, portanto, filho, um homem livre.
Mas cuida dessa liberdade.
Julga-te maior.
Que é ser maior?
Sabes que a idade não mais se mede, cronologicamente, pelos anos de vida?
Um idoso pode ser, na realidade um menor se a sua conduta perante a sociedade, revelar o que as convenções consideram atitudes irresponsáveis.
No entanto, um menor pode, mentalmente, ser maior, se se conduzir conscientemente, conforme os preceitos ditados por aquelas convenções.
Um menor, em suma, se pode revelar maior.
Um maior pode ser, em realidade, um menor.
Quantos homens, filho, estão plenamente enquadrados num e outro caso!
A questão de idade, no homem, portanto, é muito relativa.
Em vez de maior, filho, procura, sim, ser grande.
Compreende: a grandeza, aqui, não significa opulência, fama, riqueza, poder.
Gostaria –oh, como gostaria!
--que fosses, grande na bondade, em primeiro lugar.
Homem bom, mesmo nos dias terríveis por que atravessa a humanidade, significa esperança, evidencia fé.
Porque o bom é o forte, embora aparentemente não pareça.
O bom é, por formação, o honesto.
Resistirá a corrupção, que é uma forma horrivelmente deformante da maldade.
Conseqüentemente, não corromperá –e não será um mau.
O bom é sábio e, como sábio, sabe que é pela sabedoria que a humanidade encontrará o caminho da redenção.
É por isso, filho, que te aconselho seres grande sobretudo na bondade.
Mas cuida disto; não esperes recompensas.
Bondade é benefício que, em geral, é retribuído com ingratidões.
A humanidade tem sofrido tantas agruras que ainda não aprendeu a receber o bem e retribuí-lo com o próprio bem.
Quando obtém o mau, jamais o esquece... Aprende, pois, filho, desde já, a fazeres o bem sem olhares a quem.
Pouco importa o reconhecimento.
A tua consciência é que te agradecerá, como a consciência do mau é que o acusará e o condenará implacavelmente.
Ser bom, entretanto, filho, não é ser passivo, diante do mundo.
Pelo contrário: é lutar pelo seu aperfeiçoamento.
É ser indomável.
Lembra-te de que na Galiléia nasceu um bom e que a sua luta –luta mansa, sem violência, foi memorável .
Suas idéias aí estão, graniticamente, desafiando os Tempos, buscando e conseguindo, mesmo a duras penas, aperfeiçoar a humanidade.
Foi ele um sacrificado?
Mas se o seu sacrifício foi exemplo imorredouro do indomável deixando para os pósteros demonstração marcante e inequívoca de que sem sacrifícios nada se conseguirá do mundo e nada de bom e permanente a ele se oferecerá!
Portanto, filho, se fores um bom, serás, então, um lutador, um indomável, um maior, um grande, no bom sentido, com vastas possibilidades de te destacares do comum dos homens, continuamente preocupados em derrotar, em humilhar, em destruir, em devorar o semelhante.
Procura vencer o bom e leal combate, sim, mas que as tuas vitórias não constituam desonrosas derrotas para ti e para os que tenham contigo concorrido.
Muitas vezes uma derrota pode transformar-se numa esplendida vitória, porque traz o bem e não o mal.
Finalmente, filho, torna o teu coração imune ao ódio.
Ama.
Ama o mundo. Ama a humanidade.
Ama a liberdade, o estudo, o trabalho.
Ama o próximo como a ti mesmo.
Abomina a guerra. Repele a violência.
Expulsa o medo. Cultiva a coragem.
Luta pela paz entre os homens. Tem fé.
Lembra-te de que é homem, moldado por Deus à sua semelhança.
Não o desfigures.
Não o decepciones.

Do teu
Pai.Texto extraído da contracapa do livro “carta a meu pai” Kafka.

sábado, 8 de novembro de 2008

o vaticano, os cristãos e os transgênicos

Jesus Cristo fez da ceia um sinal privilegiado de sua presença no mundo. Desde então, as comunidades cristãs aprenderam a considerar todo alimento como expressão do dom amoroso de Deus. Isso é herança do judaísmo. Um rabino dizia: “Quem come sem dar graças apossa-se indevidamente de algo que recebeu de Deus. Portanto, esta pessoa não tomou o alimento. Roubou-o”. Uma verdadeira espiritualidade não divide corpo e alma. Jesus ensinou aos discípulos orar ao Pai e incluir na prece do “Pai nosso” a preocupação com o pão de cada dia. A uma irmã que lhe perguntou onde encontrava mais a Deus, a grande mística Santa Tereza respondeu: “nas panelas da cozinha”. A sacralidade do alimento como dom de Deus se expressa na forma sadia de alimentar-se, no cuidado com a vida de todos e no respeito à terra e à dignidade dos seres vivos. Por isso, é de se esperar que pastores das igrejas cristãs, sempre atentos em defender o que chamam de “lei natural”, se mobilizem para lutar contra os alimentos transgênicos, ou seja, grãos vindos de sementes geneticamente modificadas. De um governo - que sirva verdadeiramente ao seu povo e não aos interesses das multinacionais – esperamos uma atitude firme e que não ceda às pressões para abrir o país a este mercado. Será que alguém, em sã consciência, pensa mesmo que alimentos transgênicos são feitos para diminuir a fome dos países pobres? Por acaso, as cinco grandes multinacionais que, no mundo inteiro, controlam toda a produção de sementes transgênicas as produzem pensando em beneficiar os países pobres ou em resolver o problema da fome? Todo mundo sabe que todo e qualquer cultivo transgênico está patenteado. As sementes não podem ser usadas para uma nova semeadura sem pagar os direitos de patente. Além disso, a Monsanto e as outras multinacionais que produzem transgênicos têm patentes sobre a tecnologia “Terminator” : sementes suicidas que não germinam na segunda geração. E elas mesmas fabricam e vendem os produtos químicos agrícolas (agrotóxicos) que envenenam nossos rios, destroem ecossistemas e provocam, em nós e nos animais, doenças que não sabemos como as contraímos. Condicionam a compra do alimento transgênico ao agrotóxico por elas produzidos. É venda casada. Comprou uma coisa tem de adquirir a outra. O lucro das empresas garante venenos para todos os gostos e em todas as etapas da produção: na terra que se cultiva, na semente fabricada artificialmente para ser estéril e assassina e no alimento que vem às nossas mesas. O Doutor Frankeinstein ficaria muito feliz com esta nova versão de sua engenhosidade. Todo ser humano depende de alimento e não pode ser uma comida qualquer. Pensemos nos desequilíbrios da anorexia: a pessoa que não consegue alimentar-se pode até morrer porque a angústia vital lhe impede de ingerir alimentos. Pensemos, ao contrário, em mais de um bilhão de seres humanos que quer comer e não tem. Há também a ansiedade da multidão que hoje faz dieta ou as muitas pessoas que engordam de forma descontrolada. Isso existe mesmo entre a população negra e pobre dos Estados Unidos, como entre os índios do Brasil. Tudo isso revela que não basta alimentar-se. É preciso saber como e por quê. Há vários níveis de fome como graus diferentes de segurança alimentar. A fome não se sacia com qualquer tipo de comida. A saúde só é garantida com um alimento saudável e recebido de forma adequada. Seguir uma dieta significa buscar a forma correta de receber através do alimento a energia de vida neles contida. Como se dará isso se este fluxo de energia vital dos alimentos não existe mais? Ou é exatamente pensado para não passar energia e não comunicar vida e sim lucro a quem vende o alimento e dependência econômica e mesmo morte a quem cultiva e recebe o produto? A “segurança alimentar” só pode significar a preocupação e o compromisso em garantir alimentos com os atributos adequados à saúde dos consumidores. Ou seja, um correto teor nutriente, sem contaminação de natureza química, biológica ou física e nada que possa prejudicar a saúde do povo. Quem vive uma espiritualidade ecumênica procura ir à raiz das questões. Não aceita que se ponha em risco a vida dos seres humanos e a integridade do planeta apenas por interesses econômicos das multinacionais. Elegemos governantes para nos representar. Eles, sem nos consultar, não podem nos substituir nas decisões fundamentais à vida de todos. É estranho um cristão ouvir o ministro pronunciar as palavras de Cristo sobre o pão: “Isto é o meu corpo” e saber que aquele pão é feito de trigo transgênico, produzido com tecnologia “Terminal” suicida e cultivado com agrotóxicos mortíferos. Temos o direito de ver em toda a natureza os sinais da presença de Deus, energia de amor do universo.
* Marcelo Barros, monge beneditino e escritor.

VOTO NULO

O VOTO NULO
o que acontece quando nenhum dos partidos, coligações ou candidatos comungam minimamente com nossas idéias? Coerentemente devemos exercer livremente o direito de anular o voto, ou seja, de dizer que nenhum daqueles candidatos serve para ser meu representante, de minha cidade, do meu estado ou do meu país. Isto não quer dizer, necessariamente, negação do processo, pois o eleito assumirá a responsabilidade da gestão e, poderemos, livremente, fazer-lhe oposição ou aceitar a sua gestão irineu

fF I N A D O S- frei Beto

dia de finados, dos que findaram, os mortos. Será, no futuro, o dia de cada um de nós. A morte clandestinizou-se nessa sociedade que incensa a cultura do prolongamento indefinido da vida, da juventude perene, da glamourização da estética corporal. Nem sequer se tem mais o direito de ficar velhoAs religiões têm respostas às situações limites da condição humana, em especial a morte. Isso é um consolo e uma esperança para quem tem fé. Fora do âmbito religioso, entretanto, a morte é um acidente, não uma decorrência normal da condição humana. Morre-se abundantemente em filmes e telenovelas, mas não há velório nem enterro. Os personagens são seres descartáveis como as vítimas inclementes do narcotráfico. A morte nos reduz ao verdadeiro eu, sem os adornos de condição social, nome de família, títulos, propriedades, importância ou conta bancária. Frei Betto

fernando pessoa

Vem e arranca-me. Do solo de angústia e de inutilidade.Onde vicejo. Apanha-me do meu solo, malmequer esquecido.Folha a folha não sei que sina. E desfolha-me para teu agrado silencioso e frescoVem sobre os mares. sobre os mares maiores.Sobre os mares sem horizontes precisos, vem e passa a mão sobre o dorso da fera. E acalma-o misteriosamente. Ó domadora hipnótica das coisas que se agitam muito! vem cuidadosa. Vem maternal. Pé ante pé enfermeira antiqüíssima, que te sentaste.À cabeceira dos deuses das fés já perdidas.Alguns versos do poema: Dois fragmentos de odes - Fernando pessoa

INTERVALO Quem te disse ao ouvido esse segredoQue raras deusas têm escutado -Aquele amor cheio de crença e medoQue é verdadeiro só se é segredado?...Quem te disse tão cedo? Não fui eu, que te não ousei dizê-lo.Não foi um outro, porque não sabia.Mas quem roçou da testa teu cabeloE te disse ao ouvido o que sentia?Seria alguém, seria?Ou foi só que o sonhaste e eu te o sonhei?Foi só qualquer ciúme meu de tiQue o supôs dito, porque o não direi,Que o supôs feito, porque o só fingiEm sonhos que nem sei? Seja o que for, quem foi que levemente,A teu ouvido vagamente atento,Te falou desse amor em mim presenteMas que não passa do meu pensamentoQue anseia e que não sente? Foi um desejo que, sem corpo ou boca,A teus ouvidos de eu sonhar-te disseA frase eterna, imerecida e louca -A que as deusas esperam da lediceCom que o Olimpo se apouca. Fernando Pessoa

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A úncia coisa que segura é dizer PECADO, caso contrário, a própria beleza se contradiz, se enrosca no embelezamento-Freud explica ou complica.

A aranha tece sua teia ao contrário do que muitos pensam as aranhas não são insetos e sim aracnídeos. A teia da aranha serve como armadilha para caçar insetos – virarão alimentos para a aranha. A aranha arranha e devora a mariposa. A mariposa é fascinada pela luz –A luz do fogo da vela a convida. A chama da vela a chama. Chama e a mariposa circula em volta como uma dança. Dança até ser consumida.
A Ninfa –está se formando de corpo de menina num corpo de mulher. Mas é tão encantadora que faz os mundos girar. Gira que gira em sua volta.Ela se vê tão bela (vê a mariposa queimar suas asas na chama da vela) antes do primeiro baile, quando quer ser pura, e ao mesmo tempo tentar todos os homens, é a morte de uma mariposa na chama que ela invoca.
–a menina é uma chama pura.
Ela quer ser uma tentação, mas ela mesma se vê tentada.
É tão bela! Sua própria beleza é um fogo que a tenta.

Quase todas as espécies de borboletas são ativas durante o dia. Muitas espécies de borboletas têm diferentes cores e texturas em suas asas conformando uma beleza incontestável. Já as mariposas geralmente ativas durante a noite atraída por focos de luz esta é uma das diferenças entre borboletas e mariposas. A ninfa tem um pouco de mariposa sem saber e um pouco te borboleta sabendo. Vivemos entre o real e a fantasia. –e já sabemos que se separam no final.

estas miragens de embelezamento feminino que me estonteia o belo é sempre um encantamento

Nada secreta mais segredos que o corpo de uma mulher. Entre a parte semi-aberta insinuava-me aquele vestido desenhando seu corpo. Ouvi dizer que no fim do mundo o Demônio vai se disfarçar de linda mulher.
Venha –que homem não obedeceria?
Estava zonzo e atordoado como quem se perdeu num labirinto.
Sou culpado ou inocente.
A mulher bêbada de tesão. –minha primeira lição de miséria.
Tomar lento o vinho, língua lambendo os lábios, olhos perdidos, dedo vagando pela beira do copo, pensamento indo e vindo.irineu

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Se os Tubarões Fossem Homens
Bertold Brecht
Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentís com os peixes pequenos. Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar, para os peixes pequenos com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais. Eles cuidariam para que as caixas tivessem água sempre renovada e adotariam todas as providências sanitárias cabíveis se por exemplo um peixinho ferisse a barbatana, imediatamente ele faria uma atadura a fim de que não moressem antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem tristonhos, eles dariam cá e lá uma festa aquática, pois os peixes alegres tem gosto melhor que os tristonhos.
Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas, nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar para a guela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo a usar a geografia, a fim de encontrar os grandes tubarões, deitados preguiçosamente por aí. Aula principal seria naturalmente a formação moral dos peixinhos. Eles seriam ensinados de que o ato mais grandioso e mais belo é o sacrifício alegre de um peixinho, e que todos eles deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando esses dizem que velam pelo belo futuro dos peixinhos. Se encucaria nos peixinhos que esse futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência. Antes de tudo os peixinhos deveriam guardar-se antes de qualquer inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista. E denunciaria imediatamente os tubarões se qualquer deles manifestasse essas inclinações.
Se os tubarões fossem homens, eles naturalmente fariam guerra entre si a fim de conquistar caixas de peixes e peixinhos estrangeiros.As guerras seriam conduzidas pelos seus próprios peixinhos. Eles ensinariam os peixinhos que, entre os peixinhos e outros tubarões existem gigantescas diferenças. Eles anunciariam que os peixinhos são reconhecidamente mudos e calam nas mais diferentes línguas, sendo assim impossível que entendam um ao outro. Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos da outra língua silenciosos, seria condecorado com uma pequena ordem das algas e receberia o título de herói.
Se os tubarões fossem homens, haveria entre eles naturalmente também uma arte, haveria belos quadros, nos quais os dentes dos tubarões seriam pintados em vistosas cores e suas guelas seriam representadas como inocentes parques de recreio, nas quais se poderia brincar magnificamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam como os valorosos peixinhos nadam entusiasmados para as guelas dos tubarões.A música seria tão bela, tão bela, que os peixinhos sob seus acordes e a orquestra na frente, entrariam em massa para as guelas dos tubarões sonhadores e possuídos pelos mais agradáveis pensamentos. Também haveria uma religião ali.
Se os tubarões fossem homens, eles ensinariam essa religião. E só na barriga dos tubarões é que começaria verdadeiramente a vida. Ademais, se os tubarões fossem homens, também acabaria a igualdade que hoje existe entre os peixinhos, alguns deles obteriam cargos e seriam postos acima dos outros. Os que fossem um pouquinho maiores poderiam inclusive comer os menores, isso só seria agradável aos tubarões, pois eles mesmos obteriam assim mais constantemente maiores bocados para devorar. E os peixinhos maiores que deteriam os cargos valeriam pela ordem entre os peixinhos para que estes chegassem a ser, professores, oficiais, engenheiros da construção de caixas e assim por diante. Curto e grosso, só então haveria civilização no mar, se os tubarões fossem homens.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

noticias

60% dos americanos estão acima do peso saudável. Os americanos consomem, em média 200 calorias a mais por dia hoje do que uma década atrás o suficiente para acrescentar 9 quilos à silhueta a cada ano.
1 big mac americano contém 600 calorias e fornece 51% da quantidade de gordura recomendada para ingestão diária. Nas filiais brasileiras, essa relação é um pouco melhor.


A cidade de são Paulo produz o equivalente a um prédio de 30 andares de lixo por dia.
Dos mais de 5000 municípios brasileiros, apenas 28 possuíam algum tipo de coleta seletiva em 2004.
A queima de lixo não é uma boa solução, pois libera até 27 metais pesados e gases que geram chuva ácida.

Vários países proibiram a distribuição gratuita de sacola plástica descartável.
Uma família de classe média joga fora, em média 500g de alimentos por dia. Em 20 anos, essa perda equivale a 3.600 quilos. Se 1 milhão de famílias reduzirem pela metade essa quantidade, 90 mil toneladas de comida serão economizadas a cada ano, o suficiente para alimentar 260 mil pessoas nesse período.

Os principais responsáveis pela poluição do ar que causa a morte de 3 milhões de pessoas por ano em todo mundo, são os automóveis. Se você deixar de usar seu carro um dia por semana (considerando um percurso diário de 20 km), deixará de emitir por ano cerca de 440 kg de dióxido de carbono.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

enxaquecas

Azeite de Oliva Extra Virgem
Quem sofre de enxaqueca deve ficar longe de algumas gorduras, deve ficar longe de frituras, mas deve, sem dúvida, consumir outras. Por incrível que pareça, a gordura é muito importante para o funcionamento do organismo a consumirem o azeite de oliva extra virgem, em lugar de outros óleos vegetais, manteiga ou margarina.
O azeite extra virgem tem propriedades antiinflamatórias.
O problema dos outros óleos vegetais comuns é a maneira com que são obtidos. Para extrair o óleo de uma azeitona (oliva), basta espremê-la com as próprias mãos. Faça isso agora mesmo, e veja como suas mãos ficam impregnadas do óleo. O termo extra virgem se dá ao óleo que foi obtido através de uma pressão muito suave, a frio. Após a obtenção deste líquido nobre, impõe-se às azeitonas uma segunda prensa, bem mais forte, mediante temperaturas mais elevadas, a fim de extrair todo o óleo possível. Esse óleo já não é mais extra virgem.
Nosso organismo, nossas células, são lubrificadas com óleos provenientes da nossa alimentação, e seu excelente funcionamento depende da qualidade desses óleos. Ao submeter um determinado óleo a uma pressão e/ou temperatura muito alta, este líquido sofre alterações químicas que resultam na perda das propriedades e poderes benéficos. Pior: ao se incorporarem nas paredes das nossas células, esses óleos alterados resultarão em células alteradas. E hormônios idem, pois os óleos também entram na sua composição.
Com células e hormônios alterados, o mínimo que você pode esperar é uma dor de cabeça!
Esses óleos passam por processos de remoção de clorofila, cálcio, carboidratos complexos, magnésio, além de processos de remoção de ácidos graxos livres, branqueamento (remoção do beta-caroteno e da clorofila), remoção dos odores (perde-se a vitamina E e adicionam-se agentes sintéticos).
A margarina e as gorduras vegetais hidrogenadas também são óleos vegetais alterados. Passam por um processo denominado hidrogenação, no qual um óleo vegetal, líquido, se transforma numa massa sólida ou semi-sólida, totalmente antinatural. Fuja dessas substâncias e ganhará saúde.

pensa que pensa e pensa

"Talvez você seja o único evangelho

que seu irmão possa ler."

Madre Teresa de Calcutá
Esta é uma redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco - Recife), e que obteve vitória em um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.

O ENCONTRO
"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram Alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial e, rapidamente, chegaram a um imperativo. Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se aproximar, ela tremendo de Vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula. Ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. Estavam na posição de primeiras e segundas pessoas do singular. Ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso, a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história. Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente!. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O Substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."

um pouco de História

Você se lembra dos quatro trabalhadores de Chicago, em 1886, que foram enforcados pela justiça norte-americana por que ousaram se mobilizar pela redução da jornada de trabalho? E que acabaram dando origem ao 1º de Maio, data, inclusive, que os EUA não comemora como Dia do Trabalhador até hoje? Você se lembra das centenas de mulheres operárias de uma fábrica também em Chicago, que, por ousar reivindicar melhores condições de trabalho foram trancadas pelos patrões dentro da fábrica, que atearam fogo, matando-as por queimaduras e intoxicação? E que deram origem ao 8 de Março, Dia das Mulheres? Você se lembra de Sacco e Vanzetti, os dois imigrantes anarquistas que foram condenados à morte acusados de roubarem e matarem, acusação que caiu por falta de provas, mas mesmo assim foram mortos, como exemplo de que não devemos lutar por nossos direitos, nem ser pobres, nem imigrantes, nem trabalhadores, nem devemos ser... O Outro? Pois fico pensando nisso tudo, e mais ainda nessa semana em que o Congresso está decidindo a "flexibilização" das leis trabalhistas... Fico lembrando desses trabalhadores que morreram reivindicando melhores condições de trabalho, e lembro também de todos os outros, e foram tantos que nem dá pra contar, que sofreram perseguições, que foram presos, deportados, que morreram massacrados, em greves, manifestações, paralisações, reivindicando cada pequeno direito que fomos acumulando ao longo desses mais de dois séculos desde a Revolução Industrial... Férias... Descanso semanal remunerado... 13º salário... Aposentadoria... Licença saúde... Licença gestante... E tantas outras conquistas conseguidas às custas de empregos perdidos, lágrimas, medo contido, morte, dores de espancamentos... e que nós, hoje, vendemos por pratos de lentilha, trocamos por um emprego qualquer, mal remunerado, sem garantias de nenhum tipo, mas que pelo menos dê comida pros nossos filhos, a mão-de-obra futura que reproduzimos e educamos... E educamos inclusive e principalmente com nosso exemplo de vida... Você se lembra de quando trabalhar, aprender nosso ofício e levar a profissão a sério, era a melhor garantia de emprego e de salários melhores? Você se lembra de quando havia emprego para todos, ou quase todos, por que os governos investiam em empregos e os patrões se interessavam em investir na produção? E agora... Estamos vendo tudo isso desmoronar. Todo o sofrimento de tantos trabalhadores no Brasil e no mundo, ao longo da História, para conquistar cada mínimo direito... Mínimo, mas que juntos formam o pouco a que cada um de nós trabalhador teve direito... E nossos direitos e nossos salários e nossas condições de vida sempre foram tão pequenos, e tão desrespeitados... Você se lembra de quando não havia sindicatos, e os trabalhadores organizavam associações para se protegerem das adversidades da vida, e essas adversidades eram principalmente a morte por acidente de trabalho ou doenças como tuberculose e outras provocadas pelas péssimas condições de vida dos trabalhadores... E alguns desses se uniam para criar um fundo comum para pagar os enterros dos trabalhadores, que não tinham, literalmente, onde cair mortos? Você se lembra da filhinha de Marx, aquele mesmo, que criou o socialismo junto com Engels, e cuja filha morreu de fome, enquanto o pai analisava as condições de vida dos trabalhadores, escrevia seus livros, tentava modificar o sistema sócio-econômico... E como sempre, como todo trabalhador, braçal ou intelectual, não teve seu trabalho reconhecido? Você se lembra de algum dia na história da humanidade em que patrões não tenham explorado seus trabalhadores, e os trabalhadores não tenham tido que vender sua força-de-trabalho em troca de pão, de uma cabana para morar, do direito de sobreviver e reproduzir a espécie? Você que talvez seja descendente de índios... De negros também... E sabe muitíssimo bem do que estou falando... Eu, apesar de descender "apenas" de europeus brancos, descendo da linhagem dos brancos trabalhadores, dos que sempre foram explorados, dos que morrem de fome se não venderem sua força-de-trabalho... Descendemos, todos nós, dos que têm apenas duas coisas na vida: o corpo para trabalhar e a cabeça para pensar, e nos organizarmos, e lutarmos pelo menos por condições menos absurdas de trabalho. E estão tentando nos retirar cada direito e cada conquista que sofremos tanto para conseguir. Não se esqueça que sua aquiescência é a aquiescência de todos nós... E que sua resistência às pressões é a resistência de todos nós... Por quê quando você resiste, honra a todos os trabalhadores que viveram antes de nós e lutaram por melhores condições de trabalho e de vida não somente deles, mas nossas e de nossos filhos também... Por quê quando você pensa do ponto de vista do trabalhador, e não do patrão, defendendo seus direitos - que já são tão minguados! - você luta também por todos nós que trabalhamos e sustentamos o mundo. Não vamos esquecer quais interesses estão por trás das mudanças da CLT, e que esses interesses não são os nossos, os dos trabalhadores. A Memória também existe para resistir.

de tanto consumir,acabo me consumindo

A sociedade neoliberal, fundada na competitividade e no êxito egolátrico, favorece o desamor, pois instaura concorrência onde deveria haver solidariedade e, em se tratando de riquezas, aumenta a acumulação engendrando a exclusão. Na impossibilidade de mercantilizar o afeto, ela acena a libido.
Basta observar uma banca de revista, um programa humorístico na TV ou uma peça publicitária. -até para vender sabonete Ali a mulher é reduzida a seus contornos anatômicos, tão desnuda de roupas, quanto de princípios, idéias e valores. Mero objeto descartável, cujo realce promove uma deseducação do olhar, de tal modo que passa a ser vista como um atraente naco de carne exposto no açougue virtual.
Essa cultura da glamourização das formas, que enriquece as academias de ginástica e os cirurgiões plásticos que se prestam aos caprichos da vaidade, deteriora as relações de alteridade. Mulheres e homens que não correspondem ao modelitos imperantes são marginalizados, condenados a purgar seus complexos no limbo dos que não merecem afeto por não terem suficientes atrativos. Pedófilos, tarados, estupradores e assassinos de mulheres são regados pelo caldo de cultura dessa sociedade neoliberal que só reconhece os valores do mercado financeiro, pois troca o coração pelo bolso e suprime a ética em nome da estética. E o mais grave é que insistem em nos convencer que liberdade de expressão é a TV invadir os nossos lares, intoxicando, crianças com pornografia e violência

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

coca-cola é isso ai...

Coca-cola - pequena história de uma grande multinacional

O refrigerante mais vendido em cerca de 150 países e que, em 1984, controlava 50% do mercado total de refrigerantes do Brasil, surgiu em 1886, na farmácia de John Pemberton, em Atlanta, Estados Unidos. Ele inventara um remédio para dor de cabeça e distúrbios do sistema nervoso.
O segredo da coca-cola está na fórmula de seu xarope, conhecido por, no máximo dez pessoas. A matriz norte-americana concede o direito de uso do xarope (importado de Atlanta) e do nome da firma, desde que os engarrafadores de todo o mundo respeitem as regras ditadas por ela—Inclusive o desenho da garrafa – e paguem a coca-cola 15,7% do produto das vendas por atacado. De seus lucros, a matriz tira 5% para gastar em apoio publicitário e promocional nos diversos países.
Em 1977, o governo da Índia nacionalizou a coca-cola, denunciando que a comercialização do misterioso xarope proporcionava a multinacionais lucros de até 400%. Em 25 anos de atividade, a empresa investira apenas 100.000 dólares na Índia e levara para os Estados Unidos lucros no valor de 12 milhões de dólares!
A Coca-Cola chegou ao Brasil em 1939. Examinado o xarope em laboratórios, não se conseguiu descobrir sua fórmula, mas verificou-se que ele contém aditivos químicos prejudiciais à saúde. O principal é o ácido fosfórico, que se combina com o cálcio existente no organismo humano. Tal combinação faz com que o organismo ponha para fora o cálcio, tão importante a saúde, na forma de fosfato de cálcio. Essa descalcificação produz enfraquecimento dos ossos, especialmente dos dentes em formação.
Pesquisa realizada pela universidade de São Paulo em 1968 comprovou que ratos alimentados com Coca-Cola apresentavam deficiência congênita na segunda geração de filhos –Seus ossos partiam com facilidade. Apesar das conclusões dos laboratórios em 1939, Getúlio Vargas baixou um decreto facilitando a entrada do produto no país. Apenas o consumidor ficava avisado de que o registro do produto é falso, pois nem o governo conhece sua verdadeira fórmula> Por isso toda garrafa de Coca-Cola traz sob o nome do refrigerante: marca registrada de fantasia. “De fantasia” é um eufemismo para dizer que não é verdadeiro, que é falso.

TEXTO DE HISTÓRIA - IRINEU

– A história tradicional e a “outra história”

A História tradicional (a que cuida do relato de nomes, datas, vida de corte, casamento de monarcas,etc) não responde às necessidades reais do homem que no momento atual busca a compreensão do mundo em que vive.
Esse tipo de História, contentado-se com o relato superficial dos fatos, deixa de lado o estudo dos fatores econômicos e sociais e não leva em conta a influência fundamental desses fatores sobre a vida política. É peso morto que esmaga os homens e lhes tira a força de agir; é espesso manto que oculta os problemas que de fato são seus.
Mas há uma outra história que não é apenas o desfilar de uma lista de monarcas e princesas, que não fala só de armas e de cavalgadas.
Há uma outra história que nos diz como tem vivido os homens através dos tempos, como trabalharam para conseguirem comida, a casa e a roupa.
Através dela podemos ver como se formou a sociedade de hoje e aparecer-nos-ão banhados a uma luz mais clara os problemas do mundo atual.
Seguimos nela o desenvolvimento da ciência e da arte, o esforço tenaz dos homens para dominar a natureza e a essa luta do homem e do meio natural acrescenta-se o modo como os homens se organizam para realizar e dividir as tarefas e seus resultados entre si.
Estudando História adquirimos uma consciência nova, mais forte da nossa ação, quando associada à ação dos outros.
Dessa forma, vendo como tudo nasce, cresce e morre, como as coisas não permanecem inalteradas, vendo que o que existe não apareceu já feito e de uma só vez, milagrosamente, mas que se alcançou pelo trabalho, durante muitos e muitos séculos, como produto da própria atividade humana na sua relação com o meio natural.
Além disso, os atos mais triviais pressupõem quase sempre toda história da humanidade.
O saber a data de hoje e ver as horas para não chegar atrasado ao serviço, esses pequeninos fatos que nos parecem tão simples foram conquistados pouco a pouco numa luta formidável que durou milhares de anos e que representam a evolução intelectual da humanidade.
Existe, portanto, uma história viva, que não é o estudo o passado para reviver o passado, mas o estudo do presente iluminado pelo passado. É essa utilidade da história: ser um meio para perceber as nossas inquietações e dificuldades atuais, para servir à construção de uma sociedade verdadeiramente humana.

A história é uma ciência social, seu objetivo é o conhecimento do processo de transformação da sociedade ao longo do tempo. Da sociedade, não dos indivíduos; o fato isolado, o caso único, o episódio que não se repete não interessa história. A base da vida em sociedade é a produção: para viver é preciso produzir, para produzir é preciso trabalhar. Os homens trabalham juntos, vivem juntos, constituem a sociedade.
IRINEU XAVIER COTRIM

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

tudo pode ser um show

Alguém poderia dizer quando nascemos é mesmo sofrer o destino – porque só fugimos do sofrer e, em todo o percurso é só fugir – fugir pra ser um pouco feliz aqui um pouco ali, mas sempre fugimos até da felicidade pra não ser infeliz.
No Brasil, os abortos clandestinos chegam a 1,5 milhão por ano, representando a primeira causa de óbito materno. É um problema sanitário gravíssimo, que será amenizado quando as políticas públicas visarem o benefício coletivo, acima de mistificações e preconceitos
Que falta de atenção. Se liga e desliga e vem tomar um aguardente pra esquentar esta fogueira lá no alto da colina, entre eleições importantes queda da bolsa de valores, confusões capitalistas eu fujo pro buteco, desesperadamente eu sei que não há saída, a única saída antes era o aeroporto mas e agora nem aeroporto serve, e então? Esse papo esta qualquer coisa. Coisa deveria ser algo que desse resposta ao vento que bate forte. Forte, que meu espírito ganhe um novo brilho, tempo mantenha-me no seu circulo, meu sonho não é cinzas, apenas confusões, a ilusão de uma infinita beleza, alguma coisa esta fora da ordem, estou de pé, mas sei que ainda vou sentar no lixo do consumo tenho ânsias de vomito de tudo que me cerca, aperta e congestiona, cuspo o ódio da ideologia dominante que exclui meus iguais em baixo da ponte e mostra na mídia que ta tudo bom até apresentam o show da fé pra se salvar. Irineu Xavier Cotrim

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Às vezes me leio e me dou parabéns. Este tem sido um aprendizado de me gostar. Mesmo que ninguém goste. Às vezes me rasgo de vergonha.Ultimamente tenho me mantido inteiro. Pro meu delírio. Me resguardo das traças. Sem me dobrar em algum armário.Mas ao mesmo tempo sem ficar em exposição pra liquidação letífera. Irineu Xavier Cotrim

terça-feira, 21 de outubro de 2008

primeira idade

A pessoa se percebe como um indivíduo único, com todo seu potencial a ser desenvolvido, e com direito e possibilidade de assim buscar sua felicidade, que está em seu interior.
É um pensamento aprendido, que fica dentro de nossa mente, comandando nossas vidas, sem que a maioria das pessoas se dê conta do fato, ou saiba como mudá-lo.
Temos medo do novo. O novo nos obriga a mudanças... Mudar dói, incomoda. O novo nos obriga a revermos nossa maneira de pensar e nossas verdades... Quem é que gosta de mudar uma de suas verdades?
Quantas delas são fantasiosas, mentirosas, inadequadas, mas você se agarra a elas, como tábua de salvação... Você não muda esta verdade, pois tem medo de não ser verdade o que você crê... Ela, a verdade, fica intocável, por isso, você não se conhece, tem passado uma vida cristalizada, em muitas ocasiões com sua alma doente, presa ao ego, ao apego, ao medo, que paralisam suas melhores possibilidades.
Desde o momento de concepção, começa a se formar uma nova personalidade.
Antes de nascermos, temos nossa mente consciente "apagada", ficando em estado latente no subconsciente, todas as nossas experiências anteriores. Tudo o que nossa mãe vive nos nove meses de gestação, vivemos junto com ela, e é nossa primeira aprendizagem na vida.
Após o nascimento, a Antroposofia vem nos ensinar, que durante os primeiros sete anos, nossa mente é como uma espécie de absorvente, ou mata-borrão.
Estamos com nosso chakra da coroa (a moleira) aberto, para entendermos, e gravarmos todos os fatos vividos, e a partir daí, criamos nossos novos mecanismos psicológico e de vida.
Você está disposto a se livrar de todos estes padrões cristalizados?
Não sabem quais são? “Apego - Insegurança - Medo, Rigidez, Ansiedade, Culpa, Arrogância, Prepotência, Dissimulação, Mágoa etc”.
Todos eles funcionam como mecanismos de defesa. Irineu Xavier Cotrim

fumar eta fedozim horroso

AUTÓPSIA
A cada dez segundos alguém morre em conseqüência do vício do cigarro em todo o mundo. Aqueles que fumam desde a adolescência - 90% dos fumantes - em geral vivem 20 a 25 anos menos do que os que nunca deram um trago. Além das doenças velhas conhecidas, como o ataque cardíaco e o câncer de pulmão, estão expostos a males que os afetam da cabeça aos pés, por fora e por dentro. Reunidos no mesmo corpo, formam o mais chocante Frankstein.
1 - (Telhado de vidro)
Fumar enfraquece o sistema imunológico e torna o corpo vulnerável a doenças como a lupus erithematosus, que provoca calvície. Cabelo de fumante, quando existe, é assim: quebradiço, sem brilho e, para completar, mau cheiroso.
2 - (Embaço)
Quem consome mais de um maço por dia tem o dobro de chance de ter catarata, doença que deixa a visão nublada e, aos poucos, leva à cegueira.
3 - (Embalagem vencida )
O cigarro envelhece a pele, deixa-a seca e enrugada. Sua nicotina inibe a produção de colágeno, dificulta a assimilação de vitamina A, reduz a hidratação do corpo e retira proteínas que dão elasticidade à epiderme. Fumantes de 40 anos costumam ostentar rugas que só aparecem nos não-fumantes quando estão na casa dos 60.
4 - (Mono)
O fumo obstrui os vasos sangüíneos e reduz o fluxo de sangue para o ouvido. Por isso, o fumante começa a sofrer de perda de audição, em média, 16 anos antes dos outros, além de se tornar mais suscetível às infecções.
5 -(Injeção de Ânimo)
Cigarro não provoca melanoma, um tipo de câncer de pele que pode ser fatal. Em compensação, aumenta o risco de morte em pessoas atingidas pela doença. Outro tumor maligno, conhecido como carcinoma, tem freqüência 50% maior entre fumantes.
6 - (êxodo bucal)
Fumar cigarro amarela os dentes e contribui para a formação de tártaro, o que provoca cáries. A probabilidade dos dentes de um fumante caírem é 150% maior que a de um não-fumante.
7 - (Odor fetido)
A fumaça do cigarro irrita as glândulas salivares, que passam a produzir menos saliva, deixando a boca seca e com odor fétido.
8 - (Fora do ar)
Além de câncer do pulmão, vários distúrbios respiratórios têm origem no hábito de fumar. Um desses males é o enfisema, que, em casos extremos, é resolvido através de uma operação conhecida como traqueotomia. Assim, o paciente pode respirar por um buraco aberto na garganta, na altura da traquéia (como na figura ao lado). A bronquite é outra doença que ataca o fumante com sintomas típicos: acúmulo de catarro, tosse e dificuldade de respirar.
9 - (No osso)
O monóxido de carbono exalado pela fumaça dos cigarros e dos automóveis diminui a oxigenação do sangue e reduz a densidade dos ossos, que passam a quebrar facilmente. Quem fuma um maço por dia está mais propenso a sofrer dores nas costas.
10 - (Heartbreaker)
Fumar dá taquicardia, eleva a pressão do sangue, aumenta o risco de hipertensão, pode causar o entupimento das artérias e levar ao enfarto.
11 - (Invasão de privacidade )
O cigarro diminui a resistência às bactérias que geram a úlcera de estômago. Se o paciente não parar de fumar, o tratamento será difícil e raramente levará à cura.
12 - (Dedo amarelo)
O alcatrão mancha de amarelo os dedos e as unhas do fumante. Não adianta lavar com água e sabão - para limpá-los é preciso abdicar do cigarro.
13 - (nuca lesada)
Além de aumentar o risco de câncer cervical e uterino, o cigarro afeta a fertilidade feminina, gera complicações na gravidez e na hora do parto. Em mulheres com mais de 30 anos, fumar faz baixar os níveis de estrógeno, um hormônio importante na reprodução humana. Sua diminuição apressa a menopausa.
14 - (Fim de carreira)
Fumar reduz o número de espermatozóides ativos, diminui o fluxo sangüíneo para o pênis, pode afetar o desempenho sexual e causar impotência. O DNA do fumante também é danificado pelo cigarro: filhos de homens que consomem um maço por dia têm chance 42% maior de contrair algum câncer.
15 - (Tatuagem mal feita)
O corpo do fumante tem até três vezes mais chance de desenvolver psoríase, uma doença crônica que provoca escamas esbranquiçadas e manchas vermelhas na pele, principalmente nos joelhos e no couro cabeludo.
16 - (Até a última ponta)
O hábito de fumar danifica as paredes dos vasos sangüíneos e dificulta o bombeamento de sangue até as extremidades do corpo, causando o Mal de Buerger. Há casos em que a má circulação provoca gangrena e obriga à amputação.
17 - (Múltipla escolha)
Pelo menos 60 substâncias presentes no cigarro são comprovadamente cancerígenas. As pessoas que fumam têm 22 vezes mais chance de contrair câncer no pulmão (A), sem contar o risco de sofrer dessa doença no nariz (B), língua (C), boca, glândulas salivares e faringe, esôfago, rins (D), pênis, vagina, pâncreas e ânus.
"Il Corpo di un Fumatore" foi originalmente concebido e realizado na Itália pela RIVISTA COLORS, edição 21, FUMARE. Para mais informações, consulte www.colorsmagazine.com ou e-mail colors@colors.it

platão e a televisao

A alegoria da caverna dramatiza a ascese do conhecimento, complementando o esquema da linha dividida. Descreve um prisioneiro que contempla no fundo de uma caverna, os reflexos de simulacros que – sem que ele possa ver –são transportados á frente de um fogo artificial.
Como sempre viu essas projeções de artefatos, toma-os por realidade e permanece iludido. A situação desmonta-se e inverte-se desde que o prisioneiro se liberta; reconhece o engano em que permanecera, descobre a “encenação” que até então o enganara e, depois de galgar a rampa que conduz a saída da caverna, pode lá fora começar a contemplar a verdadeira realidade.
Aos poucos, ele, que fora habituado a sombra, vai podendo olhar o mundo real, primeiro através de reflexos –como o do céu estrelado refletido na superfície das águas tranqüilas -, até finalmente ter condições para olhar diretamente o sol, fonte de toda luz e de toda realidade.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

televisão 1

TELEVISÃO
A televisão me deixou burromuito burro demaisagora todas as coisas que eu pensome parecem iguaiso sorvete me deixou gripadopelo resto da vidae agora toda noite quando eu deitoé “boa noite, querida”ô Cride, fala pra mãeque eu nunca li num livroque o espirro fosse um vírus sem curae vê se me entende pelo menos uma vez, criaturaô Cride, fala pra mãea mãe diz pra eu fazer alguma coisamas eu não faço nadaa luz do sol me incomodaentão deixa a cortina fechadaé que a televisão me deixou burromuito burro demaise agora eu vivo dentro dessa jaulajunto dos animaisô Cride, fala pra mãeque tudo que a antena captarmeu coração capturae vê se me entende pelo menos uma vez, criatura ô Cride, fala pra mãe



“A televisão me deixou burromuito burro demaisagora todas as coisas que eu pensome parecem iguais”
Tudo o que o sujeito dessa letra pensa lhe parece igual. Será por que ele só pensa as mesmas coisas, ou será por que, devido à televisão, todas as coisas, por mais diferentes que possam ser, são estranhamente igualadas em sua percepção? Parece que o eu dessa canção está nos dizendo que sua mente se assemelhou a uma tela de televisão,em que todas as imagens desfilam como que chapadas, por mais distintas que possam parecer.
Quase no final da letra você pode observar uma interessante inversão sintática, com o sujeito posposto ao predicado. Este pequeno hipérbato foi necessário para colocar o verbo “captar” antes de “capturar”,de modo a criar uma espécie de gradação. “Capturar” é mais forte que “captar”. Ao mesmo tempo, ao ser posto na mesma seqüência que “capturar”, o verbo “captar” ganha aqui conotações mais perigosas do que as comumente atribuídas a ele. A captação de imagens pela antena de televisão deixa de ser assim algo tão ingênuo e passivo para adquirir matizes de processo ativo. “Captar” é quase “capturar”, o que implica ir ao encalço de, criar estratégias, armadilhas para o aprisionamento de homens ou animais. O letrista dissera antes: eu vivo dentro dessa jaula. O que indica que nossa análise não está assim tão equivocada. Ele também é o capturado. Ele foi capturado pelas imagens que seus olhos captaram (ou capturaram). Ele está acuado, como um animal (ou burro). E aqui a palavra “burro”, usada lá no início da letra, passa a ter sentido literal, de animal. Porque ocorreu aqui um processo de animalização.
Com isso, os Titãs estão nos dizendo que o telespectador em geral é presa da televisão, que ele se torna refém dela. Na verdade, o verso “meu coração captura” deve ser lido antes como “meu coração é capturado”. Essa leitura é perfeitamente autorizada pela letra. Captar aqui é ser capturado, é perder o espírito crítico. Isso ocorre a ponto de todas as imagens lhe parecerem iguais, ou seja, a ponto de as imagens, de pessoas, natureza, objetos ou que for, permanecerem chapadas, sem consistência. Na verdade,é como se ocorresse uma espécie de desumanização também das imagens, e não só do telespectador. Na televisão, as coisas perderiam sua integridade,sua substância.
O termo “televisão”, ver à distância, passa a significar, portanto, não ver. O espetáculo pode não ser a realidade. A telinha pode funcionar como um meio de ofuscamento.
O telespectador ficou inerte, completamente passivo, e qualquer clarão o incomoda. Há aqui por certo uma brincadeira com aquele tipo de situação em que apagamos as luzes, fechamos totalmente a janela do quarto ou da sala para assistir a um filme, pois o ambiente escuro como que tornaria a imagem mais nítida. A essa escuridão o letrista dá um sentido figurado: não só a sala, mas a mente também está escura. Tão acostumada às sombras, que contrai imediatamente os olhos ao mais ameno raio de luz. E você, como assiste televisão? Você fica atento para a linguagem utilizada, para os preconceitos que podem vir embutidos, para os erros de lógica cometidos, para as falsificações? Se responder com uma negativa a dois itens ou mais, então você precisa refletir um pouquinho sobre essa música. E como você pode se armar para ver televisão? Transformando-se num espectador ativo, que não engole facilmente o que vê. Um conselho: leia jornal e sobretudo livros, multiplique os prazeres no seu lazer. Veja a vida lá fora e não arregale tanto os olhos para as “maravilhas” do mundo do espetáculo. A vida é muito complexa para caber numa telinha. Cuidado com o que sua antena capta porque você pode ser o capturado nessa história...
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sábado, 18 de outubro de 2008

educação,cultura=liberdade

“Eu estou chegando até você, através deste texto como quem não quer nada, mas querendo tudo. Eu não te quero preso, dentro de caminhos que criaram para ti. Não agüento mais te ver com passos robotizados, caminhando inocentemente em direção ao moedor de carne que apagará seus sonhos; a submissão, a obediência, a auto-castração, a morte em vida e outros males.
O conhecimento ( a educaçãoa arte a cultura) que te negam e ao contrário oferecem massiva e indescriminadamente programas chulos, drogas de variados tipos futebol, carnaval, sexos, consumismo são todas as variáveis para voce não ter de pensar e o pensar eles classe dominantes sabem que é o xis da questão lembre-se sempre que o conhecimento tras transformação transforme-se então e daí você vai começar a pensar e vai olhar o mundo com outros olhos, com olhos críticos, segundo o seu ponto de vista. Depois você vai enxergar as grades sociais, o sistema de vida que joga gente na fossa, faz milhões morrerem de fome e frio debaixo das pontes e que ao mesmo tempo coloca uns em mansões, nos carrões de ultimo tipo, etc... Depois você vai olhar para sua vida, vai perceber que seu trabalho, a escola, sua rotina, são cúmplices de todas atrocidades e injustiças desse mundo em que vivemos. Daí você vai começar a sonhar, a imaginar um mundo livre, feito por pessoas felizes, que cooperam entre si, que se tratam como irmãos. Um mundo sem violência, trabalhe no que gosta, e onde todos tenham direito iguais na sociedade. Daí você começa a pensar que esse sonho pode se tornar realidade, vai querer lutar para ver as pessoas felizes, vai praticar sem querer o companheirismo e a solidariedade. A Anarquia já terá tomado conta do seu corpo e você será um ser humano vivo e livre, no meio de máquinas, atuando como uma ferrugem ácida e cumprindo o destino de transforma-las em seres livres, como você acabou de se tornar.”
Adaptado do panfleto original da JUVENTUDE LIBERTÁRIA Leia e passe adianteIrineu Xavier Cotrim
ERNESTO CHE GUEVARA DE LA SERNA
- O MAIOR LÍDER REVOLUCIONÁRIO DE TODOS OS TEMPOS !
Ernesto "CHE" Guevara de La Serna, foi, sem a mínima dúvida, o maior líder revolucionário de todos os tempos. Nascido na Argentina, mais precisamente na cidade de Rosario, no dia 14 de maio de 1928.Teve uma infância típica de um menino de classe média. Filho de uma família tradicional que aos poucos foi perdendo sua riqueza, nunca se preocupou muito com a política. Em 4 de janeiro de 1952, lançou-se em uma aventura pela América Latina, com 23 anos e a dois anos de sua formatura como médico. Quando voltou, escreveu em seu "Diário de Viagem" (Diário de Viaje, livro publicado em inglês no ano de 1970) "Já não sou mais o mesmo". Talvez a sua viajem pelo continente tivesse mostrado-lhe a pobreza dos seus vizinhos.... Depois de formar-se médico pela Universidad Nacional de Buenos Aires, foi trabalhar em diversos países, na ânsia de descobrir a cura para a sua terrível doença, a asma, que o atormentava desde pequeno. Conheceu um estudante de direito que se chamava Fidel Castro, e que era um exilado Cubano. Junto com mais 18 homens, penetraram em Sierra Maestra,na ilha de Cuba para no ano de 1959, tomar a cidade de Havana e, de uma vez por todas por fim ao imperialismo norte-americano que habitava a pequena ilha. Os E.U.A estabeleceram um embargo econômico junto á mesma para que se fosse encerrada a Revolução. Mas nada disso aconteceu. Com a ajuda da URSS, Cuba foi se protegendo, inclusive, de uma tentativa de invasão americana. Che foi nomeado chefe do Banco Central Cubano, mas como ele mesmo dizia, era , para ele , impossível ficar sentado em uma sala fechada. Foi à África combater pelo comunismo, mas sem sucesso. Logo após voltar a Cuba, novamente incursou em nova campanha na Bolívia. No dia 9 de outubro de 1967, foi assassinado covardemente por oficiais Bolivianos (patrocinados pela CIA ). Biografia (Rosario 1928-Higueras, Bolivia, 1967) Estudou medicina em Buenos Aires e, antes de terminar a carreira, viajou por grande parte da América Latina para conhecer suas estruturas econômicas (1951). De volta a Buenos Aires terminou seus estudos e fez doutorado em medicina (1953). Foi a Bolivia para estudar os intentos de reforma agraria e passou a correr vários países, passou na Guatemala, aonde apoiou Jacóbo Arbenz e tentou formar um grupo armado para organizar a resistência contra a invasão norte-americana (1954). Foi ao México aonde conheceu Fidel Castro e os exilados cubanos do "Movimento 26 de julho", a que se uniu para combater a ditadura de Batista. Participou do desembarque do iate "Granma" (dez. 1956) e foi um dos doze sobreviventes que organizaram as guerrilhas na Sierra Maestra. Por méritos de guerra foi nomeado comandante. Ao comando da coluna Ciro Redondo, invadiu Las Villas e, após atravessar toda a ilha, junto com a coluna de Camilo Cienfuegos ocupou Havana (jan. 1959). No novo governo revolucionario, ocupou o cargo de diretor do serviço de industria do Instituto Nacional de Reforma Agraria e posteriormente o de presidente da banca nacional, o de responsavel pelas finanças do país (1959-1961), e o de ministro da Industria (1961-1965). Representando o governo revolucionario realizou varias viagens por paises afroasiáticos e socialistas (Checoslovaquia, U.R.S.S., China popular, etc.). Presidiu a delegación cubana na Conferencia de Punta del Este (1961) e no seminario de planificação de Argel (1963). Após uma volta pela Africa negra, de volta a Cuba, desapareceu da vida públlca e, poucos meses depois, Castro veio a conhecer sua renuncia a todos os cargos e sua partida da ilha. Após uma estadia no Congo como instrutor das guerrilhas de Sumialot e Mulele (1965-1966) iniciou um foco guerrilheiro na Bolivia que foi dizimado pelo exercito dirigido e apoiado pelos Rangers norte-americanos. Ferido e feito prisionero foi executado. As idéias e a prática de Guevara abragem um amplo espetro da vida política contemporânia: guerra de guerrilhas (Relatos da guerra revolucionaria em Cuba (1961) e Diario de Campaña na Bolivia (1968); dependencia latino-americana (Intervenção em Punta del Este, (1964); transição ao socialismo (Polêmica com Bettelheim (1965); internacionalismo e luta anti-imperialista (Criar dois, três, muitos Vietna 1966) constituem o âmbito em que se moveu a atividade do líder revolucionario. Morte ao Imperialismo

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O aparelho de TV e a percepção.De fato, provavelmente quase todos os pais protegem suas crianças, para que elas não vivenciem situações emocionalmente fortes No entanto, ao LIGAREM A TV, permitem a penetração, no lar, de toda sorte de violência entre outras imagens ou palavras não apropriadas ou prejudiciais às crianças). A mentalidade educacional deturpada de hoje em dia leva os pais a achar que não devem coibir nada, pois qualquer controle talvez crie traumas. Eles não percebem que as crianças precisam sentir-se guiadas e controladas(com amor e carinho) e que a falta disso pode gerar graves problemas psicológicos. Se quiserem desenvolver seu pensamento, LEIAM. Se quiserem prejudica-lo abafando-o cada vez mais, VEJAM TV. A TV aprisiona a fantasia, não a liberta. Um bom livro, incentiva o pensamento e liberta-o simultaneamente. O cérebro pode ser afetado ao ser excitado indevidamente pela avalanche de imagens da TV
Não seja tão rígido, nem tão maleável.O Segredo dos maiores vencedores está no equilíbrio de suas atitudes. Nem tão duro, nem tão permissivo. Assim é o bambu chinês; se curva diante da tempestade para não quebrar, mas se mantém ereto e altivo sob o sol, para expressar sua grandeza e seu valor. Os extremos servem apenas para nos mostrar os limites das infinitas possibilidades.As abelhas são insetos sociais. Os indivíduos que vivem nas colméias se dividem em três castas: rainha, operárias e zangões.Na sociedade das abelhas não há um posto central de comando. O poder é disseminado através da colméia e as decisões diárias são tomadas consensualmente através de estímulos químicos, visuais, auditivos e táteis.NESTAS ELEIÇÕES PENSE NAS ABELHAS e se preciso for anule o voto

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longa distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permite escolher. Aprende que não temos que mudar os amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com que você se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que podemos ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes que a pessoa pela qual você espera o chute, quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisa são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é uficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não para para que você o conserte. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar. William Shakespeare

tempo

Com o passar do tempo você... Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes que a pessoa pela qual você espera o chute, quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisa são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não para para que você o conserte. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar ... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de तेंतर( William Shakespeare

contos

1) - Nasrudin sempre escolhe errado.
Eis uma de suas histórias;
Todos os dias. Nasrundim ia esmolar na feira e as pessoas adoravam vê-lo fazendo o papel de tolo, com o seguinte truque:
Mostravam a ele duas moedas, uma valendo 10 vezes mais que a outra. Nasrunim sempre escolhia a menor. A história correu pelo condado. Dia após dia, grupos de homens e mulheres mostravam as duas moedas... E Nasrundim sempre ficava com a menor.
Até que apareceu um senhor generoso, cansado de ver Nasrundim sendo ridicularizado daquela maneira. Chamando-o a um canto da praça, disse: -Sempre que te oferecerem duas moedas, escolha a maior. Assim terá mais dinheiro e não Será considerado idiota pelos outros.
-O senhor parece ter razão – respondeu Nasrundim. Mas se eu escolher a moeda maior, as pessoas vão deixar de me oferecer dinheiro para provar que sou mais idiota que elas. O senhor não sabe quanto dinheiro já ganhei, usando este truque.
Moral da história
Muitas vezes, precisamos agir como se fossemos tolos, deixando que pensem que não sabemos o que estamos fazendo. A vida nos possibilita usar esse “truque” para que alcancemos nossos objetivos sem sermos interrompidos por pessoas que se sentem incomodadas com nossos méritos e se acham espertas demais para “permitir” que nos demos bem sem que nada façam para atrapalhar.
Dica

1) - Nasrudin sempre escolhe errado.
Eis uma de suas histórias;
Todos os dias. Nasrundim ia esmolar na feira e as pessoas adoravam vê-lo fazendo o papel de tolo, com o seguinte truque:
Mostravam a ele duas moedas, uma valendo 10 vezes mais que a outra. Nasrunim sempre escolhia a menor. A história correu pelo condado. Dia após dia, grupos de homens e mulheres mostravam as duas moedas... E Nasrundim sempre ficava com a menor.
Até que apareceu um senhor generoso, cansado de ver Nasrundim sendo ridicularizado daquela maneira. Chamando-o a um canto da praça, disse: -Sempre que te oferecerem duas moedas, escolha a maior. Assim terá mais dinheiro e não Serpa considerado idiota pelos outros.
-O senhor parece ter razão – respondeu Nasrundim. Mas se eu escolher a moeda maior, as pessoas vão deixar de me oferecer dinheiro para provar que sou mais idiota que elas. O senhor não sabe quanto dinheiro já ganhei, usando este truque.
Moral da história
Muitas vezes, precisamos agir como se fossemos tolos, deixando que pensem que não sabemos o que estamos fazendo. A vida nos possibilita usar esse “truque” para que alcancemos nossos objetivos sem sermos interrompidos por pessoas que se sentem incomodadas com nossos méritos e se acham espertas demais para “permitir” que nos demos bem sem que nada façam para atrapalhar.
Dica
Você é quem dita as regras! Se você acredita em si mesmo e sabe o que quer, mesmo que as regras sociais, familiares ou de quem quer que seja lhe repitam que você esta errado, continue o seu caminho. Porque ninguém melhor do que nós mesmos pra sabermos o que é certo para nós ou o que é loucura. Mesmo porque, a loucura nem sempre é prejudicial...Os demasiadamente certos perdem grandes oportunidades de inovar!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

contodefadas

“ O Rei Sapo”
Alguns contos de fadas enfatizam o desenvolvimento longo e penoso que unicamente nos permite ganhar controle sobre aquilo que parece animalesco em nós, enquanto que, inversamente, outros contos se concentram no choque de reconhecimento que se dá quando o que parecia animal repentinamente se revela a fonte da felicidade humana. O conto dos irmãos Grimm “O Rei Sapo” pertence a última categoria. Uma versão do Rei sapo é mencionada já no século XIII.
Uma versão do Rei Sapo publicada em 1815, começa com três irmãs. As duas mais velhas são arrogantes e insensíveis; só a caçula se dispõe a ouvir as súplicas do sapo. Na versão dos Grimm mais conhecida atualmente, a heroína também é a caçula, mas não se especifica quantas são as irmãs.
“O Rei Sapo” começa com a princesa caçula brincando com sua bola de ouro junto a um poço. A bola cai dentro dele e a menina fica desolada. Um sapo aparece e lhe pergunta o que a aflige. Oferece-se para devolver-lhe a bola de ouro caso ela o aceite como companheiro que se sentará a seu lado, beberá de seu copo, comerá de seu prato e dormirá consigo. Ela assim promete, pensando consigo mesma que um sapo nunca poderia ser companheiro de uma pessoa. O sapo então lhe traz a bola de ouro. Quando ele lhe pede que o leve consigo para casa, ela foge e logo se esquece de tudo a respeito do sapo.
Mas, no dia seguinte quando a corte está jantando , o sapo aparece e pede que o deixem entrar. A princesa lhe fecha a porta. O rei, que observa sua aflição, pergunta-lhe qual a sua causa. Ela lhe diz e ele insiste em que suas promessas devem ser cumpridas. Assim sendo, ela abre a porta para o sapo, mas ainda hesita em ergue-lo até a mesa. Novamente o rei lhe diz para cumprir a promessa. A princesa tenta mais uma vez descumpri-la quando o sapo lhe pede para se juntar a ela na cama, mas desta vez o rei iradamente lhe diz que aqueles que a ajudaram quando deles necessitou não devem ser desprezados. Tão logo o sapo se junta à princesa na cama, ela fica tão enojada que o arremessa contra a parede e ele então se transforma num príncipe. Nas maioria das versões, isso ocorre depois d o sapo ter passado três noites com ela. Uma versão original é ainda mais explícita: a princesa tem de beijar o sapo enquanto ele está a seu lado na cama, e então são necessárias três semanas dormindo juntos para que o sapo se transforme em príncipe.
Nessa história, o processo de maturação é acelerado enormemente. No começo, a princesa é uma bela menininha brincando descuidadamente com uma bola. (É nos dito que nem mesmo o sol jamais vira algo tão belo como essa menina.) Tudo acontece por causa da bola. Ela é duplamente um símbolo de perfeição: enquanto esfera e por ser feita de ouro, o material mais precioso. A bola representa uma psique narcisista ainda não desenvolvida: contém todos os potenciais, nenhum dos quais foi concretizado ainda. Quando a bola cai dentro do poço fundo e escuro , a ingenuidade é perdida e a caixa de pandora se abre. A princesa lamenta tão desesperadamente a perda de sua inocência infantil quanto a bola. Somente o feio sapo pode resgatar-lhe a perfeição - a bola -da escuridão em que caiu o símbolo da sua psique. A vida se tornou feia e complicada tão logo começou a revelar seus lados mais sombrios.
Ainda presa aos princípios do prazer, a menina faz promessas visando a obter aquilo que deseja, sem se preocupar com as conseqüências. Mas a realidade se impõe. Ela tenta iludi-la fechando a porta ao sapo. Mas então o superego, sob a forma do rei, entra em cena: quanto mais a princesa tenta ir de encontro às solicitações do sapo, tanto mais energicamente o rei insiste em que ela cumpra as suas promessas até o fim. Aquilo que havia começado com uma brincadeira se torna sério: a princesa deve crescer na medida em que é forçada a aceitar os compromissos que assumiu.
Os passos rumo à intimidade com os outros são esboçados com clareza: primeiramente a menina se acha sozinha brincando com sua bola. O sapo entabula uma conversa com ela ao lhe perguntar o que a aflige; brinca com ela ao lhe devolver a bola. Depois, vem visitá-la, senta-se com eu, come com ela, junta-se a ela em seu quarto e, finalmente, em sua cama. Quanto mais o sapo se aproxima fisicamente dela, tanto mais enojada e angustiada ela se sente, particularmente em ser tocada por ele. O despertar para o sexo não está livre de repugnância ou de angústia, ou até mesmo de raiva. A angústia se transforma em raiva e ódio quando a princesa atira o sapo contra a parede. Ao assim afirmar-se e correndo riscos ao fazê-lo -em oposição às suas tentativas prévias de se esquivar e então simplesmente obedecer às ordens do pai, a princesa transcende sua angústia e ódio se transforma em amor.
De certo modo, essa história mostra que, para ser capaz de amar, uma pessoa tem primeiro que se tornar capaz de sentir; mesmo que os sentimentos sejam negativos, isso é melhor do que não sentir. No começo, a princesa é inteiramente autocentrada; todo o seu interesse está em sua bola. Ela não tem qualquer sentimento quando planeja recuar na promessa feita ao sapo, não pensa em absoluto no que isso possa significar para ele. Quanto mais o sapo se aproxima física e pessoalmente dela, tanto mais fortes se tornam seus sentimentos, mas com isso ela se torna mais e mais uma pessoa. Por um longo período de desenvolvimento ela obedece ao pai, mas seus sentimentos são cada vez mais fortes; então, no final, ela afirma sua independência indo de encontro às suas ordens. Ao assim adquirir individualmente, o mesmo sucede com o sapo, ele se transforma num príncipe.
Num outro nível, a história mostra que não podemos esperar que nossos primeiros contatos eróticos sejam agradáveis, pois são demasiado difíceis e repletos de angústia. Mas, se continuamos, apesar da repugnância temporária, a permitir que o outro se torne cada vez mais íntimo, então num determinado momento experimentaremos um choque feliz de reconhecimento quando a proximidade total revelar a verdadeira beleza da sexualidade. Numa versão de o “Rei eu Sapo”, “depois de uma noite na cama, ela, ao acordar, viu ao seu lado o mais belo cavalheiro”. Assim, nessa história, a noite passada lado a lado ( e podemos supor o que sucedeu durante essa noite) responde pela mudança radical de visão daquilo em que se transformou o parceiro conjugal. Todos os diversos outros contos em que o decorrer dos acontecimentos varia da primeira noite a três semanas aconselham paciência: leva tempo para a proximidade se transformar em amor.
O pai, como tantas histórias do ciclo do noivo animal, é a pessoa que une a filha ao futuro marido em “O rei Sapo”. É somente devido a sua insistência que se dá a união feliz. A orientação paterna, que leva à formação do superego - promessas devem ser cumpridas, por mais irrefletidas que tenham sido -, desenvolve uma consciência responsável. Tal consciência é necessária para uma união pessoal e sexual feliz, a qual, sem uma consciência madura, estaria desprovida de seriedade e permanência.
Mas, e quanto ao sapo? Também ele tem de amadurecer antes que a união com a princesa se torne possível. O que sucede com ele mostra que uma relação amorosa e dependente com uma figura materna é a precondição para se tornar humano. Como toda criança, o sapo deseja uma existência inteiramente simbiótica. Que a criança, não desejou se sentar no colo da mãe, comer de seu prato, beber de seu copo, e não subiu em sua cama tentando dormir ali? Mas, depois de certo tempo, a simbiose com a mãe tem de lhe ser negada, já que a impediria de um dia se tornar um individuo. Por mais que deseje permanecer na cama com a mãe, ela tem de “pô-la para fora” dali -uma experiência dolorosa mas inevitável caso a criança queira conquistar independência. Só quando forçada por seu genitor a parar de viver em simbiose é que a criança começa a ser ela própria, tal qual o sapo, que, “posto para fora” da cama, liberta-se da escravidão a uma existência imatura.
A criança sabe que, tal como o sapo, ela teve e ainda tem de passar de um estado de existência mais baixo para outro mais elevado. Esse processo é perfeitamente normal, uma vez que a situação de vida da criança tem inicio num estado mais baixo, razão pela qual não é necessário explicar a forma animal inferior do herói no começo das histórias de noivo animal. A criança sabe que a sua situação não se deve a alguma má ação ou a um poder nectário; é a ordem natural do mundo. O sapo emerge da vida na água , tal como a criança faz ao nascer. Historicamente, os contos de fadas antecipam em séculos o nosso conhecimento de embriologia, que narra de que modo o feto humano passa por vários estágios de desenvolvimento antes de nascer, tal como o sapo sofre uma metamorfose em seu desenvolvimento.
Mas, por razão, de todos os animais, é o sapo(ou rã, como em “As três Penas”) um símbolo para relações sexuais? Por exemplo, um sapo pressagiou a concepção de Bela Adormecida. Comparado aos leões e outros bichos ferozes, o sapo (ou rã) não desperta medo: é um animal que não é absolutamente ameaçador. Caso seja vivenciado de um modo negativo, o sentimento é de repulsa, como em “O Rei Sapo”. É difícil imaginar um modo melhor de transmitir à criança que ela não precisa temer os aspectos repugnantes (para ela) do sexo do que o modo como isso é feito nesse conto. A história do sapo -como ele age, o que ocorre com a princesa em relação a ele e o que finalmente acontece tanto com o sapo quanto com a menina -confirma o quão apropriada é a repulsa quando não se está pronto para o sexo, e prepara para a sua aprovação no momento adequado.
Embora de acordo com a psicanálise, nossas pulsões sexuais influenciam nossas ações e comportamentos desde o início da vida, há uma enorme diferença entre o modo como essas pulsões se manifestam na criança e no adulto. Ao utilizar-se do sapo como um símbolo para o sexo, um animal que existe sob uma forma quando jovem - como girino - e sob uma forma inteiramente diferente quando maduro, a história fala ao inconsciente da criança e a ajuda a aceitar a forma de sexualidade que é adequada à sua idade, tornando-a ao mesmo tempo receptiva à idéia de que, ao escrever também sua sexualidade deve, em seu próprio interesse, sofrer uma metamorfose.
Há também outras associações, mais diretas, entre o sexo e o sapo que permanecem inconscientes. Pré-consciente, a criança conecta as sensações viscosas e pegajosas que os sapos (ou rãs) lhe despertaram a sentimentos semelhantes que ela relaciona aos órgãos sexuais. A capacidade do sapo de inchar quando excitado desperta, mais uma vez inconscientemente, associações com a cretilidade do pênis. Por mais repulsivo que seja o sapo, tal como vividamente descrito em “O Rei Sapo”, a história nos assegura que até mesmo um animal pegajosamente repugnante se transforma em algo muito belo, desde que tudo ocorra do modo certo, no tempo certo.
As crianças tem uma afinidade natural com os animais e com freqüência se sentem mais próximas deles do que dos adultos, desejando partilhar daquilo que parece ser uma vida animal tranqüila de liberdade dos instintos e de prazer. Mas, com essa afinidade, vem também a angústia da criança de que ela talvez não seja tão humana quanto deveria ser. Esses contos de fadas contrabalançam esse temor ao fazer da existência animal uma crisálida da qual emerge uma pessoa extremamente atraente.
Ver aspectos sexuais nossos como animalescos tem conseqüências extremamente perniciosas, a tal ponto que algumas pessoas jamais conseguem libertar as próprias experiências sexuais - ou as dos outros - dessa conotação. Por conseguinte, deve-se transmitir às crianças que o sexo pode de início parecer repulsivamente animalesco, mas uma vez encontrado o modo adequado de nos aproximarmos dele, a beleza surgirá por trás dessa aparência repulsiva. Aqui, o conto de fadas, sem nunca mencionar ou aludir a experiências sexuais como tais, está psicologicamente mais correto do que boa parte de nossa educação sexual consciente. A educação sexual moderna tenta ensinar que o sexo é normal, agradável e mesmo belo, e certamente necessário para a sobrevivência do homem. Mas, uma vez que não parte de uma compreensão de que a criança pode achar repulsivo, e de que esse ponto de vista tem uma função protetora importante para a criança, a educação sexual moderna não tem poder de convicção para ela. O conto de fadas, ao concordar com a criança que o sapo ( ou qualquer outro animal) é repulsivo, ganha a sua confiança e pode fazê-la acreditar firmemente que, como narra o conto de fadas, no devido tempo esse sapo repugnante se revelará o companheiro mais encantador. E essa mensagem é transmitida sem jamais mencionar diretamente nada de sexual.