quarta-feira, 17 de novembro de 2010

era para ser um conto infantil







Aquela criança já está cansada
de zum-zum-zum sem abelha
que só faz cansar sua orelha.
Gosta de ouvir histórias
falta alguém contar
De estrela do céu e de estrela do mar,
sentada no sofá ou em qualquer lugar.
Ela quer logo ir a escola aprender Para logo pegar nos livros e ler.
Será que ela assiste à televisão com o controle remoto na mão? Já tem celular pra adulto imitar?
Eu acho que não, porque presta muita atenção, coisa rara nestes tempos de globalização.
Quem educa quem? Quem educa os educadores. Um diplomado não soube falar obrigado. Será que mais adiante é o abismo ou apenas algo está fora da ordem. Você viu algum pai ou mãe por ai?
Não é destes modernos presentes só com presentes.
Esses são pais- Noel!
Se alguém souber avise ao bem te vi que algumas vezes ainda passa por aqui.
Aqui em São Paulo temos mais de dez milhões de habitantes, são 20 milhões de ouvidos, e só queria um ouvido, se alguém souber me avise que ainda é tempo! Tenho falado ao vento.
E nestes tempos de envenenamentos a umidade relativa do ar não se encontra nem no bar, cachaceiros não faltam, dirigem automóveis com o som no último volume para se enganar que estão acompanhados. Alguém gritou quando um destes carros passou: Oh filho de kornô! Eu pensei deve ser...
A criança precisa ver atitudes, quer ver desligar a televisão e ouvir um pai/mãe/tio/avo ou alguém que o valha reunir a família em oração. Resgatar a família que é reunião, comunhão; parece que nem a sagrada família se sabe onde anda.
Feche o bar antes que anoiteça dentro de nós, acenda a luz, desligue a televisão; as crianças mais que pão precisa de lar. Talvez ainda não tenhas entendido o que é compartilhar o estar.
Que possas e deves contar ou ler uma história.
Serão educadas com outros valores que não os do mercado e a audição não sejam subtraídos pelas imagens, coisas fora de moda em tempos de consumismo exacerbado, as crianças na televisão despertam o adulto antes da razão. Perdem a infância em algum labirinto de adultos doentes.
E, ela não chora a toa abrindo a boca.
Como faz a outra ao invés de brincar prefere ficar a chorar
Passou por aqui um beija flor e disse que criança que chora tanto deve ser magoa molhada
De mãe ausente sem presente, sem passado. E sem futuro.

2 comentários:

Felipa Monteverde disse...

Infelizmente essa é a realidade actual...

Cida Cotrim disse...

Educar bem é ser bem educado.