O TRABALHO EM SALA DE AULA

Nestes tempestuosos tempos apocalípticos de grandes incompreensões:
Tenho trabalhado sério.
E está é a marca genética e de educação que meus pais me passaram, desde antes, talvez quem sabe na gestação daqueles nove meses de ansiosa espera por este rebento.
Acredito sem muita fé que a incompreensão por eu ser uma pessoa que tem na ironia e no descaso com as leis autoritárias uma insensatez que até alguns puros se resvalam de indignidade e despudor.
Investigando por que será que sou tão criticado no meu trabalho por aqueles que me vigiam e são mal pagos para ser meu escudeiro de controle no dia a dia de meu trabalho mal remunerado.
A maior critica que tenho sofrido nestes anos de batalha: eles nem sabem que é por eu ser consciente da importância do meu trabalho de educador no sentido nato do termo. Sou na verdade:
Criticado por somar emoção e sentimento a conhecimento. Nem sabem os incautos que pouco me importo com seus despudores recalques.
Sofremos (sofro) com as criticas, mas não podemos mudar nosso jeito de ser; não faz sentido reprimirmos nossas paixões e esperanças. Impulsionado pelo amor e dedicação aos adolescentes, seres humanos em fase de formação buscando sua identidade.
Apesar das dificuldades da época, fui um jovem privilegiado por ter podido conviver com grandes festivais de música popular brasileira. Num momento de grandes turbulências culturais e políticas. Ter acompanhado a luta do meu povo por mais justiça e menos miséria. Cheirado bombas de gás lacrimogêneo foi à marca daqueles dias,
O meu aprendizado maior foi ter lido os grandes escritores e aprendido um pouco com cada um deles, além é claro da formação na teologia da libertação, onde Francisco de Assis, também era um exemplo a ser seguido.
Nesta sociedade que vivemos particularmente a pátria mãe Brasil. Luto. E o que quero?- Nenhum filho seja enganado e tratado como enteado de uma madrasta chamada mãe.
Brasil terra das mais desiguais do planeta. No Brasil, o capitalismo atinge níveis fantásticos de selvageria e brutalidade. Oitava em desigualdade social entre 177 países.
Brasil 180 milhões de habitantes – 40.000 homicídios anuais.
No Big Brother Brasil, a emissora fatura estimulando a participação telefônica, e no Criança Esperança ganha uma fortuna na dedução do imposto de renda com o montante entregue ao Unicef. O dinheiro arrecadado é tirado de cada cidadão, mas o abatimento é da Globo. Não é um caso típico de estelionato.
Enquanto o sistema procura formar multiplicar consumistas, a educação empenha-se em formar cidadãos. Para o primeiro, o individuo é tanto mais capaz quanto mais competitivo e centrado nos próprios interesses. Para a educação, trata-se de formar pessoas solidárias altruístas, generosas.
Precisamos de uma revolução no nosso método educacional, para ensinar nós e aos nossos filhos a pensar, questionar e ter coragem de agir. Quando tiver de comprar alguma coisa, faça-o de maneira consciente; sinta-se comprometido com o que faz.