sexta-feira, 12 de junho de 2009

a boa leitura faz a diferença

Parabéns a revista mensal "caros amigos" - ainda bem que tem uma revista que possamos ler para pensar. Pensar no que lemos e vemos por ai a fora sem nenhum compromisso com a ética neste caso jornalística.
E vocês fazem a diferença. Ufa! Como é bom ler. Ler e saber que temos muito e só podemos pouco, e este pouco é o que vocês nos trazem nestas interessantes reportagens.
O muito nos é escondido pela grande imprensa.
Na "caros amigos" de maio, vou destacar sobre a Monsanto, fantástica, corri na livraria e estou lendo o livro; já pensou se o povo soubesse através dos meios de comunicação de massa; o que é a Monsanto?
Mês de junho entre outras destaco sobre reforma agrária- saber das terras compradas (?) p/Daniel Dantas. Aquele que foi preso e libertado no mesmo dia pelo presidente do supremo tribunal federal, ministro Gilmar Mendes, o mesmo que engavetava processos no governo FHC.
Diga ao povo diga. Ah, agora, estão assistindo a novela daqui a pouco tem futebol, não vai dar tempo de dizer... Amanhã vão trabalhar e saem cedo e tomam metrô superlotado com televisãozinha espanta revolta... Quem dera, eles soubessem! E meus colegas professores? Quem educa os educadores. Quem dera, eles tivessem aprendido a gostar de ler... É claro que tem alguns que lêem. E são tão diferentes dos comuns...

2 comentários:

José Augusto De Blasiis disse...

Pior do que isto, que é uma velha constatação óbvia do eterno pão e circo, é perceber que mesmo nos ambientes onde antes imperava um certo aprofundamento do pensamento crítico - a universidade - hoje impera um mercantilismo de interesses espúrios. Uma boa parte da intelectualidade brasileira ficou órfã quando as ideologias de esquerda foram pro buraco depois de vários "pós", pós quebra do bloco comunista, pós queda do muro, pós queda da "bastilha", do bastião dos discursos inócuos e restritos aos livros. A direita nunca foi muito de se esconder, principalmente a mais radical, extremista e violenta. Hoje só destes se vê alguma distancia dos velhos companheiros que souberam tão bem se aninhar no poder e em suas benesses financeiras, regadas a mordomias e salamaleques. Temos hoje uma corte de novos ricos da política. O novo rico em si já é de um desacerto pra lá de constrangedor, mas o novo rico EX, EX TUDO, este é muito mais constrangedor ainda. Somos hoje uma país sem referências, sem moral, sem ética, com uma grave crise de competência, uma grave crise ética e uma grave crise moral. O que fez uma grande parte da nossa "inteligência" de esquerda do país? Se escondeu dentro da universidade numa total crise de produção intelectual ou se locupletou com o governo de turno ficando sem lenço e sem documento. No inicio ruborizavam, hoje assumiram a cara de pau dos demais companheiros. Pergunto, porquê não descobriram novas causas, novos rumos. Porquê não foram atrás de revolucionar a universidade brasileira, o ensino de maneira geral. Qual "grande" intelectual de esquerda dos anos 60 e 70 tem algum destaque real hoje no âmbito de processos renovadores do ensino no Brasil. Que grandes colaboradores são estes grandes soldados de novas causas? Quando falo do velho pão e circo me vem uma pequena revelação de que esta turma era movida pelos mesmos mecanismos, porem com outra ordem de estratégia e de motivação. Também deram aos famintos por um discurso nestas décadas de nojenta ditadura exatamente o que o o público queria - discursos - e em alguns casos, ações, como na luta armada, por exemplo. Neste último caso nós sabemos no que deu, principalmente hoje quando vemos onde foram parar alguns dos sobreviventes muito bem empregados no governo de turno (que ao que parece quer se eternizar) ou em outras atividades nem sempre nobres, como na representação política, por exemplo (as novas noticias desta semana só confirma a regra). Hoje esta turma perdeu a causa e não encontrou outro caminho. Parecem órfãs de discurso. Portanto não vejo muita diferença entre eles e o pessoal do futebol e da novelinha da TV. Cada um dá o que tem e o que pode. Claro que educação é um tema fundamental para mudar qualquer coisa, e aí entra o velho dilema do ovo ou da galinha, ou seja por onde começar. Na minha opinião o começo só pode ser na universidade, pois ela deveria formar os agentes de qualquer processo que tenha possibilidade de se re-estruturar. Ela forma os futuros professores de todas as outras instâncias do ensino. Sei que em muitos estados do Brasil o ensino fundamental não é ministrado nem por formados no segundo grau. Isto é uma conseqüência econômica, mas não deve ser uma tese final. Fora isto toda a responsabilidade recai sobre os formados pelas universidades brasileiras. Aí está o caminho de qualquer pequena revolução que se queira iniciar para que tenhamos alguma chance no futuro. O que aconteceu nestes quase dezesseis anos da gestão do "príncipe dos intelectuais" e do "nosso guia" no campo da educação superior? Um arrasa quarteirão nunca antes visto neste país. Pra resumir - uma picaretagem sem precedentes - concretizada pela alta plumagem tucana e pelos "conscientes" camaradas petistas (e seus agregados de tantas siglas). Parte 1

José Augusto De Blasiis disse...

Parte 2

A universidade está no chão. Fica a pergunta onde estão os velhos doutores encastelados nas universidades públicas? Ficam com seus turnos de carga completa dando aulas para meia dúzia de desinteressados (só estão em busca da titulação) e não produzindo nada de importante para a cultura do país. Quando texto desimportante é produzido dentro das universidades brasileiras? Salvo as raras exceções tudo leva a uma paisagem desértica. Onde se deve fazer a diferença é na graduação, pois ela é que forma o profissional que vai atuar de imediato no mercado e na vida intelectual do Brasil. Estes serão os agentes de formação dos novos e futuros profissionais de todas as áreas. Quando um doutor se vê obrigado a dar aulas na chamada graduação ele o faz com completo desinteresse. E é nela que se poderia fazer a transformação e a estruturação de um projeto de melhorias profundas no ensino do Brasil. Estamos produzindo um ensino e um conhecimento transgênico. Claro que isto não pode acontecer com o processo de total descontrole em que se encontra o ensino superior, tanto público, como na sua imensa maioria do privado. Nós não estamos formando nada de bom nestas universidades. A regra é geral. Conhecer as falcatruas da Monsanto é também importante, como ela existem uma série interminável de empresas que nos ludibriam o tempo todo, e e muitos casos acobertadas pela corrupção do estado brasileiro. Olha que bela causa para os deserdados das causas perdidas dos anos 60, 70, 80, 90, 00 ... COMPANHEIROS UNÍVOS!